Duplo atentado suicida na Líbia deixa 13 soldados mortos

  • Por Agencia EFE
  • 24/03/2015 21h12
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Trípoli, 24 mar (EFE).- Pelo menos 13 soldados leais ao governo líbio internacionalmente reconhecido e estabelecido em Tobruk morreram e sete ficaram feridos em um duplo atentado com carro-bomba nesta terça-feira na cidade de Benghazi, informou à Agência Efe uma fonte de segurança.

O atentado foi realizado no começo da noite por supostos suicidas em dois postos de controle da estrada que leva ao aeroporto, no bairro de Leithi, um dos mais atingidos na luta pelo controle da cidade que há meses é mantida entre as forças regulares líbias e as milícias islamitas leais ao governo rebelde estabelecido em Trípoli.

A fonte responsabilizou às milícias islamitas leais ao governo rebelde “Majlis al-Shura” e “Zuar Benghazi” pelos ataques, e as acusou de querer vingar a morte de um famoso comandante de suas forças conhecido como “Bouka” ocorrida na segunda-feira. O atentado simultâneo, que destruiu vários carros de combate das forças do general Khalifa Hafter – chefe do exército leal a Tobruk -, ainda não foi reivindicado por grupo algum.

A Líbia é um Estado vítima do caos e da guerra civil, desde 2011 quando a comunidade internacional e as forças da Otan contribuíram para a queda o regime ditatorial de Muammar Kadafi. Desde as últimas eleições, dois governos, um rebelde em Trípoli e outro reconhecido em Tobruk, lutam para ter o controle do país apoiados por milícias islamitas, ex-membros do antigo regime, líderes tribais, senhores da guerra e traficantes de armas, de pessoas, drogas e petróleo.

Grupos jihadistas, como a ramificação do Estado Islâmico (EI) no país, avançam há semanas de Darna rumo à cidade litorânea de Sirte, onde já controlam alguns bairros e lutam contra as forças islamitas moderadas leais a Trípoli.

Neste clima de crescente caos, os países ocidentais e vizinhos temem um colapso total na Líbia que permita ao EI garantir suas posições e transformar este território em uma base para grupos terroristas a fim de estender suas operações jihadistas pelo norte da África.

Há dias, a Organização das Nações Unidas (ONU) pressiona às duas partes em conflito para que aceitem a formação de um governo de união nacional e, assim, o conflito chegue ao fim. EFE

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