É preferível que haja exagero, diz Uip sobre epidemia de dengue
O Secretário de Saúde do estado de São Paulo, David Uip, disse neste sábado (11) em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã Jovem Pan que o número de casos de dengue confirmados está estabilizado, o que aumenta são as suspeitas causadas pelos sintomas mais comuns. “[É preferível que] tudo que tenha febre e sintomas que seja encarado como diagnóstico de dengue e que haja exagero na possibilidade diagnóstica para que todos tomem providência”, explicou o infectologista.
Atualmente, o estado paulista registra mais de 120 mil casos da doença e mais de 130 mortes, deixando o território em alerta de epidemia, mas, de acordo com o secretário, o quadro está prestes a sofrer alteração. “Nós temos o índice máximo de epidemia esperado para abril e esperamos que no mês que vem esse número reduza como está acontecendo em algumas cidades do no interior, como Catanduva e Sorocaba”, elucidou. A chegada do outono, como índices pluviométricos menores e temperaturas mais amenas, também é um fator importante para a queda das contaminações.
Uip explicou que alguns fatores dificultam o combate à proliferação do mosquito. “Hoje 80% dos redutos dos mosquitos são intradomiciliares”, afirmou Uip ao ressaltar que e é difícil entrar na casa das pessoas para agir nesse sentido.
Vacina
O secretário ressaltou que para se enfrentar uma epidemia são fundamentais uma vacina e um remédio específico, o que é um desafio nessa situação. “No caso da dengue infelizmente e ainda você não tem nem uma coisa nem outra, então o combate é feito de forma quase rudimentar”, lamentou.
Para tanto, o governo de São Paulo protocolou nesta sexta-feira (10) um pedido junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, para que seja antecipada a fase 3 do estudo da vacina contra dengue. “É uma vacina que tem previsão de estudo em fase 3 de cinco anos”, e completou que será expandido o número de teste, “a proposta é que façamos a fase 3 em voluntários em todo o Brasil, cerca de 20 mil”.
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