“É uma questão de estado brasileiro, não de governo”, diz ministro sobre fórmula da previdência
O governo federal anunciou novo cálculo de aposentadoria pela qual pretende economizar R$50 bilhões nos próximos anos. A fórmula soma idade e tempo de contribuição, que aumenta progressivamente. Em entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan desta sexta-feira (19), o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, disse que a medida é necessária nas atuais circunstâncias. “É uma questão de estado brasileiro, não de governo. Porque se fosse uma questão de governo e presidente Dilma não precisaria se preocupar”, analisou.
“É importante que as pessoas entendam que essa fórmula só vale para aposentadoria por tempo de contribuição, mas hoje a maioria dos trabalhadores se aposenta por idade, os homens aos 65 anos de idade e as mulheres aos 60”, e explicou, “as pessoas estão vivendo mais, isso é um avanço da medicina e isso é ótimo para o Brasil, agora, para as contas da previdência, é preciso encontrar um equilíbrio”.
O ministro ressalta que o fator previdenciário causa discordância desde que foi aprovado em 1999, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. “Se o trabalhador optar por aposentadoria por tempo de contribuição em uma idade bastante antecipada, ele retira uma parte da aposentadoria e é lógico que os trabalhadores não gostam dessa fórmula. O que nós estamos debatendo com as centrais sindicais é encontrar uma fórmula que consiga manter a estabilidade da previdência e que não seja tão antipática aos trabalhadores”.
Gabas aconselhou que essa discussão seja feita de forma imparcial. “Precisamos discutir qual é o peso e a carga que queremos dar para nossos filhos e nossos netos. Essa discussão precisa ser desprovida de qualquer paixão, de qualquer preconceito”, disse.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.