Ebola: OMS pede calma e que viagens internacionais não sejam impedidas

  • Por Agencia EFE
  • 18/08/2014 15h03
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Genebra, 18 ago (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu calma nesta segunda-feira diante do ebola e solicitou aos países que não estão diretamente afetados no surto da doença que não impeçam viagens ou o comércio internacional.

“Os países não afetados precisam reforçar a capacidade de detectar e conter imediatamente novos casos, sem interferências desnecessárias nas viagens e no comércio internacional”, afirmou a OMS.

O atual surto de ebola se concentra em Guiné, Libéria e Serra Leoa, e já causou 1.145 mortes e deixou 2.127 pessoas infectadas, segundo o último informe, publicado na sexta-feira.

Na Nigéria há alguns casos, mas se considera que o surto está contido, com dez doentes e quatro mortos. Todos eles estão relacionados a pessoas que tiveram contato direto com o primeiro infectado, um viajante que foi internado após chegar ao aeroporto de Lagos e que, posteriormente, morreu.

Companhias aéreas de diferentes países decidiram cancelar alguns voos à África Ocidental. Além disso, vários governos africanos proibiram a entrada de pessoas vindas de algum dos quatro países afetados ou interromperam o comércio de mercadorias com eles.

Diante dessa situação, agravada com o medo de uma maior propagação do vírus, a OMS insistiu que não recomenda qualquer medida que proíba o comércio ou as viagens internacionais.

Por outro lado, a organização lembrou que países atingidos devem realizar testes em todas as pessoas em aeroportos internacionais, portos e postos de fronteira para detectar casos de febre.

O objetivo é evitar que qualquer pessoa com sintomas de ebola – da mesma forma que as que tiveram contato com um doente – possa viajar, a menos que seja por evacuação médica.

Para auxiliar, a OMS criou um grupo de trabalho, junto com as principais organizações que representam os interesses do setor da aviação civil e do turismo. O grupo acompanhará a situação e ficará em contato com companhias aéreas e operadores turísticos, assim como viajantes.

Na equipe participarão, além da OMS, a Organização Internacional de Aviação Civil (OACI), a Organização Mundial de Turismo (OMT), o Conselho Internacional de Aeroportos (ACI), a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC). EFE

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