Economia dos EUA manteve sólido ritmo de crescimento no terceiro trimestre

  • Por Agencia EFE
  • 30/10/2014 15h19
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Miriam Burgués.

Washington, 30 out (EFE).- A economia dos Estados Unidos manteve no terceiro trimestre deste ano um ritmo anual de crescimento sólido, de 3,5%, impulsionada por um aumento das exportações e dos gastos do governo federal em defesa, segundo o relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento de Comércio.

Entre abril e outubro, a economia americana registrou seu maior semestre de expansão desde 2003.

O primeiro cálculo do governo sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) entre julho e setembro superou as expectativas dos analistas, que tinham previsto um crescimento de 3%.

O avanço de 3,5% entre julho e setembro foi menor que o segundo trimestre, quando a economia americana cresceu a um ritmo anual de 4,6%, o maior desde o fim da crise, em meados de 2009.

O bom dado do segundo trimestre compensou a contração de 2,1% no PIB registrada entre janeiro e março, causada por um inverno particularmente frio e com várias tempestades de neve que paralisaram as atividades em boa parte do país.

De acordo com o relatório do Departamento de Comércio, no terceiro trimestre o aumento do gasto dos consumidores, que representa mais de dois terços do PIB, desacelerou para 1,8%. No segundo semestre havia sido de 2,5%.

As exportações tiveram entre julho e setembro um aumento de 7,8%, e as importações caíram 1,7%.

A despesa do governo federal também teve um aumento significativo, de 10%, impulsionada por uma alta de 16% no setor de defesa, a maior desde 2009.

A segunda estimativa do governo sobre a evolução do PIB no terceiro trimestre será divulgada em 25 de novembro.

O principal assessor econômico da Casa Branca, Jason Furman, destacou que o crescimento no terceiro trimestre foi “forte”, alinhado com outros indicadores que estão refletindo a melhora no mercado de trabalho e o aumento da confiança dos consumidores.

“Desde a crise financeira, a economia americana se recuperou com mais força que a da maioria dos outros países”, explicou Furman, que acrescentou que ainda é preciso “fazer mais” para promover o crescimento “mediante o investimento em infraestrutura, indústria e inovação”.

Os analistas também concordam que a tendência é positiva, já que a economia cresceu acima dos 3% em quatro dos últimos cinco trimestres.

Em meio ao crescente otimismo pelos recentes bons dados sobre o PIB e a queda do desemprego, o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, decidiu ontem encerrar o multimilionário programa de estímulo monetário através da compra de bônus.

“As condições do mercado de trabalho melhoraram um pouco mais, com uma sólida criação de emprego e uma menor taxa de desemprego”, segundo a nota publicada pelo Fed ao término da reunião de dois dias de análise da política monetária do país.

Em 2014 a economia americana gerou em média 227 mil empregos ao mês, número bem maior que os 194 mil do ano passado.

Além disso, o índice de desemprego caiu em setembro até 5,9% e se situou, pela primeira vez desde 2008, abaixo dos 6%.

O número semanal de pedidos de seguro-desemprego subiu para três mil e ficou na semana passada em 287 mil, informou hoje o Departamento de Trabalho.

Apesar do leve aumento semanal, os pedidos se mantêm em níveis historicamente baixos, que indicam que o mercado de trabalho continua se fortalecendo e, pela sétima semana consecutiva desde o fim da crise de 2008, permaneceram abaixo dos 300 mil. EFE

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