Economia ucraniana se contrairá 12% este ano, indica Banco Mundial
Kiev, 22 set (EFE).- A economia ucraniana se contrairá 12% este ano e terá inflação de 50,8%, segundo a previsão macroeconômica atualizada do Banco Mundial, publicada nesta terça-feira.
“Esperamos que o Produto Interno Bruto (PIB) real caia 12% em 2015, com uma contração mais forte na primeira metade do ano e o arrefecimento da queda na segunda”, assinalou o relatório.
Os setores mais afetados pela profunda recessão que a Ucrânia enfrenta desde o ano passado são o metalúrgico e o minerador, cujos principais centros de produção estão no leste do país, imerso há um ano e meio em um conflito armado entre Kiev e os separatistas pró-Rússia.
Também sofre o comércio no varejo, lastrado por uma notável redução da renda da população, pela desvalorização da moeda nacional, a redução dos salários reais e a brusca alta das tarifas de energia e de serviços públicos.
As previsões para 2016 também não são agradáveis, com crescimento de apenas 1% e inflação de 12%.
“A recuperação econômica certamente começará mais tarde do que o previsto inicialmente e será menos pronunciada”, advertiu o relatório do BM.
Assim, os analistas do organismo internacional preveem crescimento da economia ucraniana de 2% em 2017 e de 3% em 2018, com inflação de 8% e de 5%, respectivamente.
A economia da Ucrânia encolheu 16,3% nos seis primeiros meses do ano, segundo dados do Ministério da Economia ucraniano.
No entanto, o governo do primeiro-ministro, Arseni Yatseniuk, espera “uma tendência positiva na atividade econômica no segundo semestre, e como resultado, uma contração do PIB no final de ano de 8,9%”.
Embora os orçamentos estatais prevejam uma queda do PIB de 5,5% com uma inflação de 26,7%, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o governo de Kiev revisaram a previsão em julho para queda de 9% e inflação de 45,8%.
Em 2014, quando a oposição europeísta derrubou o então presidente, Viktor Yanukovich após três meses de grandes protestos no centro de Kiev, movimento que ficou conhecido como revolução do Maidan, a economia do país se contraiu 7,5% e os preços subiram 24,9%. EFE
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