90% dos países terão desaceleração econômica em 2019, aponta FMI

De acordo com Kristalina Georgieva, diretora-gerente do fundo, fenômeno deve ser “ainda mais” pronunciado neste ano em mercados emergentes, como o Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 08/10/2019 12h13 - Atualizado em 08/10/2019 12h28
EFE Kristalina Georgieva - FMI Diretora-gerente do fundo também disse que resultados podem ser baixos em 2020

A nova diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou, nesta terça-feira (8), que “90% dos países do mundo” devem registrar desaceleração econômica neste ano.

“Em 2019, esperamos um crescimento mais lento em quase 90% do mundo. A economia global se encontra agora em uma desaceleração sincronizada”, disse Georgieva na sede do FMI, em Washington, durante o seu primeiro discurso no comando da organização.

De acordo com ela, o próximo relatório Panorama Econômico Mundial, que será divulgado na abertura do encontro anual do fundo com o Banco Mundial, que acontece na próxima semana, trará revisões para baixo não só para 2019, mas também para 2020.

“O crescimento este ano cairá para a menor taxa desde o começo da década”, alertou. “Ainda que o crescimento acelere em 2020, as lacunas atuais podem levar a mudanças que duram uma geração – cadeias de suprimento quebradas, setores comerciais isolados, um ‘Muro de Berlim digital’ que força países a escolherem entre sistemas de tecnologia”, continuou, citando disputas comerciais e o Brexit como agravantes.

Georgieva avisou que as novas perspectivas econômicas serão “em baixa” se comparadas às últimas apresentadas em julho, no Chile, nas quais a organização reduziu em um décimo as previsões de crescimento global para 2019 (3,2%) e 2020 (3,5%).

Na análise, ela argumentou que a atividade econômica “está se abrandando” em economias avançadas, como Estados Unidos, Japão e, especialmente, a zona do euro, enquanto em outros mercados emergentes, como Brasil e Índia, a desaceleração é “ainda mais” pronunciada neste ano.

*Com informações da Agência EFE

 

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