Após queda, taxas de juros têm viés de alta com aversão externa no radar
As taxas futuras se recuperam levemente do forte recuo desta quinta-feira, 22, quando o mercado de renda fixa resistiu à aversão ao risco decorrente do temor de uma guerra comercial entre EUA e China e precificou a sinalização trazida pelo comunicado do Copom. Na quarta-feira, 21, o comitê escreveu que “vê, neste momento, como apropriada uma flexibilização monetária moderada adicional” na próxima reunião em maio.
No fim da tarde desta quinta-feira, a curva de juro precificava 80% de chance de novo corte de 0,25pp em maio, e 20% de possibilidade de manutenção. O mercado também fechou a quinta na esperança de revés para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no julgamento do habeas corpus pedido por sua defesa do pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que não se confirmou. O Supremo decidiu por 6 votos a 5, conceder liminar para impedir uma eventual prisão de Lula até a conclusão do julgamento, marcado para 7 de abril.
Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 0,87% no ano. Nos 12 meses encerrados em março, o indicador ficou em 2,80%. As projeções iam de avanço de 2,71% a 2,99%, com mediana positiva de 2,81%. Em março do ano passado, o IPCA-15 tinha sido de 0,15%.
Às 9h29 desta sexta, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021, mais negociado, projetava taxa de 8,08%, ante 8,06% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2023 indicava 9,01%, ante 8,99% no ajuste anterior.
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou para 0,14% na terceira quadrissemana de março após 0,12% na segunda leitura do mês.
Além disso, a confiança do consumidor avançou 4,6 pontos em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) passou de 87,4 pontos em fevereiro para 92,0 pontos em março.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.