Arrecadação de impostos em junho soma R$ 110,855 bilhões

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/07/2018 10h56 - Atualizado em 24/07/2018 13h32
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Marcos Santos/USP Imagens Dinheiro_USP Imagens Esse foi o sétimo mês consecutivo de crescimento real nas receitas em relação ao ano passado

Mesmo sob impacto da greve dos caminhoneiros, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 110,855 bilhões em junho, um aumento real (já descontada a inflação) de 2,01% na comparação com o mesmo mês de 2017. Esse foi o sétimo mês consecutivo de crescimento real nas receitas em relação ao ano passado. Em relação a maio deste ano, houve aumento de 3,09%. O valor arrecadado foi o maior para meses de junho desde 2015.

De acordo com a Receita, o comportamento da arrecadação foi influenciado por fatores macroeconômicos, como a queda de 6,67% na produção industrial em maio – em relação ao mesmo mês de 2017 – decorrente da greve dos caminhoneiros naquele mês. As receitas com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) caíram 14,28% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Além disso, as receitas com o Imposto de Renda Pessoa Física sobre rendimentos de capital caíram 27,93% devido à redução na taxa de juros.

Entre janeiro e junho deste ano, a arrecadação federal somou R$ 714,255 bilhões, o melhor desempenho para o período desde 2015. O montante ainda representa avanço de 6,88% na comparação com igual período do ano passado.

Desonerações

As desonerações concedidas pelo governo federal resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 29,666 bilhões entre janeiro e junho deste ano, valor pouco menor que o registrado em igual período do ano passado, quando ficou em R$ 29,684 bilhões. Apenas no mês de junho, as desonerações totalizaram R$ 7,459 bilhões, também abaixo do que em junho do ano passado (R$ 7,538 bilhões).

Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 1 bilhão em junho e R$ 6,239 bilhões no acumulado do ano. O Congresso aprovou em junho a reoneração da folha de 39 setores da economia, como contrapartida exigida pelo governo para dar o desconto tributário no diesel prometido aos caminhoneiros. Outros 17 setores manterão o benefício até 2020.

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