‘Autoridade monetária se queixar do mercado é igual marinheiro se queixar do mar’, afirma Galípolo

Diretor de política monetária e futuro presidente do Banco Central enfatizou a importância de interpretar as movimentações do mercado para adotar medidas apropriadas ao invés de criticá-las

  • Por da Redação
  • 29/11/2024 13h20
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CLÁUDIO REIS/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Gabriel Galípolo DF - BC/SUCESSÃO/GALÍPOLO/SENADO/SABATINA - POLÍTICA - O diretor de Política Monetária do Banco Central e indicado à presidência da instituição a partir de 2025, Gabriel Galípolo, durante sua sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, em Brasília, nesta terça-feira, 08 de outubro de 2024. Galípolo reconheceu que há anos as projeções de crescimento do Brasil vêm sendo revistas "sistematicamente ao longo do ano para cima, surpreendendo positivamente em relação a crescimento". 08/10/2024 - Foto: CLÁUDIO REIS/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Na última quarta-feira (28), o diretor de política monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, comentou sobre a reação adversa dos mercados em relação ao pacote fiscal apresentado pelo governo. Ele enfatizou que a instituição não deve criticar o mercado, mas sim buscar compreender suas reações. “Autoridade monetária se queixar do mercado é igual marinheiro se queixar do mar”, afirmou em evento em São Paulo. Galípolo observou que o Brasil iniciou o ano com previsões de crescimento mais baixas, além de revisões nas estimativas de PIB e inflação.

“Não tem nada que se queixar do mercado. Tem que entender e ter função de reação a partir dessa leitura”, disse o próximo presidente do Banco Central. Além disso, Galípolo destacou a influência da pressão inflacionária proveniente dos Estados Unidos, que impactou a moeda brasileira, chegando a novo recorde pela alta. “O real foi uma das moedas afetadas, com performance mais acentuada até, seja por questões estruturais ou idiossincrasias locais”, disse.

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Pensando nas medidas apresentadas pelo novo pacote de gastos, Galípolo evitou comentar diretamente e defendeu que a leitura que o BC faz em relação ao fiscal é sempre sobre com base no impacto da inflação, sendo a maior meta da autoridade monetária. “Não aplicar o remédio [subir os juros] seria muito mais danoso ao paciente. Tenho certeza que o impacto pior seria não agir.” Segundo Galípolo, é preciso atuar nas causas, e muitas vezes as evoluções acontecem de maneira menos rápida e linear do que se espera. Ele ainda relata que esses processos fazem parte do processo democrático. “Acho que a sociedade vem amadurecendo no sentido de atacar algumas causas do problema”, compartilhou.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira

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