Balança comercial brasileira registra superávit de US$ 2,72 bilhões em janeiro

Exportações tiveram um crescimento de 11,7%, enquanto as importações registraram queda de 1,7% em comparação com o primeiro mês do último ano

  • Por Jovem Pan
  • 01/02/2023 15h25 - Atualizado em 01/02/2023 16h30
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StockSnap/Pixabay Balança comercial Argentina se consolidou como principal parceiro comercial no mês

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou os resultados da balança comercial de janeiro de 2023, nesta quarta-feira, 1º. Segundo os dados do órgão, houve um saldo positivo de US$ 2,716 bilhões. As exportações tiveram um crescimento de 11,7%, atingindo US$ 23,14 bilhões. O valor foi recorde e o resultado representa melhor mês de janeiro para comércio exterior da série histórica, iniciada em 1989. A indústria extrativa teve destaque com aumento de 22,3% na arrecadação nas exportações, totalizando US$ 5,44 bilhões. Na indústria de transformação houve crescimento de 9,9%, somando US$ 13,94 bilhões. Já a agropecuária cresceu 4,6%, arrecadando US$ 3,64 bilhões. Argentina, Estados Unidos, China, Hong Kong, Macau e União Europeia foram os principais países e regiões que importaram do Brasil. Segundo o ministério, a expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: arroz com casca, paddy ou em bruto (258,6%), milho não moído, exceto milho doce (163%) e sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras (732,3%) na agropecuária; outros minerais em bruto (151,1%), minérios de cobre e seus concentrados (129,5%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (45,6%) na indústria extrativa; carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (35,8%), açúcares e melaços (67,5%) e aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (364,4%) na indústria de transformação.

Nas importações, houve queda de 1,7% em comparação a janeiro de 2022, atingindo US$ 20,42 bilhões. Ainda assim, houve crescimento de 31,1% na importação agropecuária e de 4% na importação de produtos da indústria de transformação. Houve queda de 36,1% nas importações da indústria extrativa. O ministério indicou que o movimento de queda nas importações foi influenciado pela redução das compras dos seguintes produtos: milho não moído, exceto milho doce (-20,8%), soja (-34,8%) e látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-31,4%) na agropecuária; minérios de níquel e seus concentrados (-55,7%), carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-34,5%) e gás natural, liquefeito ou não (-90%) na indústria extrativa ; óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-12,4%), equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (-15,7%) e válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (-12,3%) na indústria de transformação. A balança comercial com a Argentina apresentou superávit de US$ 0,23 bilhões e a corrente de comércio aumentou 3% alcançando US$ 1,88 bilhões. O grupo composto por China, Hong Kong e Macau também teve superávit, acumulando US$ 0,58 bilhões, e a corrente de comércio diminuiu -2,6% alcançando US$ 9,92 bilhões. Já com os Estados Unidos houve déficit de US$ 0,43 bilhões e a corrente de comércio registrou queda de -11,9% alcançando US$ 5,79 bilhões. Enquanto parceiro comercial, a União Europeia também apresentou saldo negativo de US$ 0,30 bilhões e a corrente de comércio aumentou 28,8% alcançando US$ 7,78 bilhões.

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