Banco Central realiza novo leilão extraordinário de dólares para conter alta da moeda
Ação não estava prevista e foi motivada pela disparada da divisa, que se intensificou após a divulgação da ata do Copom; na segunda-feira (16), BC já havia injetado US$ 4,6 bilhões no mercado de câmbio
O Banco Central do Brasil realizou mais um leilão extraordinário de dólares nesta terça-feira (17), vendendo US$ 1,272 bilhão no mercado à vista. Essa ação não estava prevista e foi motivada pela recente alta da moeda americana, que se intensificou após a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária). O documento indicou a necessidade de aumento na taxa de juros em resposta à deterioração das expectativas de inflação para o curto e médio prazo. O valor da divisa logo subiu 1,29%, alcançando a cotação de R$ 6,170.
O Copom ressaltou que a desvalorização da moeda e o aumento das taxas de juros tornam o cenário econômico mais desafiador. Na última reunião do comitê, a cotação do dólar considerada foi de R$ 5,95, refletindo um aumento em relação à reunião anterior. Na quarta-feira da semana passada, o Copom decidiu elevar a taxa Selic de 11,25% para 12,25% ao ano, com a expectativa de que novos aumentos ocorram nas próximas reuniões. Caso essa previsão se concretize, a Selic poderá atingir 14,25% ao ano.
Na segunda-feira (16), o Banco Central já havia injetado US$ 4,6 bilhões no mercado de câmbio — uma oferta programada de US$ 3 bilhões e uma intervenção à vista de US$ 1,6275 bilhão, o maior volume desde 2020. Apesar dessa intervenção, o dólar fechou a R$ 6,091, marcando o maior valor nominal já registrado. As ações do Banco Central têm como objetivo minimizar disfuncionalidades nas operações de câmbio e permitir que a moeda flutue de acordo com as condições do mercado.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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