BC do Japão adota medidas para conter efeitos do coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 16/03/2020 07h30 - Atualizado em 16/03/2020 07h31
EFE/EPA/YUAN ZHENG Para resgatar companhias afetadas pelo vírus, o BoJ introduziu novas medidas econômicas no país

O Banco do Japão (BoJ) respondeu ao corte de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) com medidas para bombear dinheiro para dentro do mercado de ações em Tóquio e da economia após ambos serem golpeados pela pandemia do novo coronavírus.

No domingo (14), o Fed cortou a sua taxa básica de juros da faixa de 1,00% a 1,25% para a faixa de 0,00% a 0,25% e disse que vai comprar US$ 700 bilhões em títulos do Tesouro e lastreados em hipotecas.

Assim como o Banco Central Europeu (BCE) na semana passada, o Banco do Japão optou por não cortar a sua taxa básica de juros desta vez, mantendo-a em -0,1% e a sua meta para o rendimento do bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos em torno de 0%.

O banco central japonês disse que vai cobrar as compras de fundos de índice (ETFs) no mercado acionário, que já caiu mais de 25% em relação ao seu pico mais recente. Até agora, o BoJ tinha como meta comprar anualmente 6 trilhões de ienes (US$ 56 bilhões). Nesta segunda-feira (16), prometeu dobrar o número para 12 trilhões de ienes anuais.

Além disso, o BC japonês rebaixou a sua avaliação da perspectiva econômica doméstica, passando a dizer que a atividade no Japão tem estado fraca devido ao impacto do coronavírus – antes, enxergava a economia em uma tendência moderada de expansão.

“O banco vai monitorar de perto o impacto da covid-19 pelo futuro próximo e não hesitará em adotar medidas de afrouxamento adicionais se necessário”, disse o BoJ em um comunicado.

Em uma tentativa de resgatar companhias afetadas pelo vírus, o BoJ introduziu um novo mecanismo de empréstimo sob o qual bancos comerciais podem tomar empréstimos de um ano do banco central a juro zero e estender crédito a empresas afetadas.

Foi a primeira vez que o BoJ se reuniiu fora do seu calendário regular desde novembro de 2011.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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