BC vai lançar cédula de R$ 200 no fim de agosto

Nova cédula será estampada pelo lobo-guará; serão produzidas 450 milhões de unidades, somando R$ 90 milhões

  • Por Jovem Pan
  • 29/07/2020 16h03 - Atualizado em 29/07/2020 17h00
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WAGNER PIRES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Fontes do Banco Central renovam expectativa para o cenário econômico em 2021 Fontes do Banco Central renovam expectativa para o cenário econômico em 2021

O Banco Central anunciou nessa quarta-feira, 29, o lançamento da cédula de R$ 200, que terá como estampa o lobo-guará. A previsão é de que a nota entre em circulação no fim de agosto, após o encerramento dos testes de segurança. De acordo com o BC, a nova cédula foi aprovada pelo pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que conta com representantes da autarquia e do Ministério da Economia.

Serão produzidas 450 milhões de unidades da nova cédula, que serão disponibilizadas ao público de forma regrada,  totalizando R$ 90 milhões. O BC investirá aproximadamente R$ 113 milhões na produção do dinheiro. Segundo a diretora de Administração do BC, Carolina de Assis Barros, o lançamento será acompanhado de uma campanha educacional sobre práticas de segurança para o uso do dinheiro. “Assim como nas outras notas, a cédula de R$ 200 terá elementos robustos o bastante para a proteção contra falsificações”, afirmou.

Por questões de segurança, a face da nova nota só será apresentada no dia do seu lançamento. O lobo-guará foi o terceiro colocado em uma pesquisa pública realizada pelo BC em 2001 para escolher novos animais para as notas brasileiras. À época, a tartaruga marinha venceu a disputa e passou a estampar as notas de R$ 2, o mico-leão-dourado ficou na segunda colocação e foi escalado para representar a nota de R$ 20.

Segundo o BC, o lançamento da nota já estava previsto, mas foi adiantando diante do entesouramento — nome que se dá ao movimento de acúmulo de cédulas pela população —, durante a pandemia. “Em momentos de incerteza, as pessoas tendem a fazer saques e acumular cédulas. Por conta dessa instabilidade, o dinheiro é uma forma de segurança”, disse a diretora do BC.

Na manhã desta quarta, o BC informou que de fevereiro – antes da pandemia – para junho, o Papel Moeda em Poder do Público (PMPP) saltou 28,9%, de R$ 210,227 bilhões para R$ 270,899 bilhões. Este é o maior valor da série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001. De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, o aumento do papel moeda nas mãos do público nos últimos meses foi causado pela demanda da população com a liberação do auxílio emergencial mensal de R$ 600 pelo governo, durante a pandemia. Em meio à busca por dinheiro em papel na crise, o Ministério da Economia havia confirmado em 22 de julho que o BC havia solicitado ao Conselho CMN um reforço de R$ 437,9 milhões para atendimento do meio circulante.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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