Bolsa opera acima dos 125 mil pontos e caminha para novo recorde; dólar cai
Mercados seguem otimistas após divulgação de dados da inflação nos EUA; câmbio deve fechar em queda pela primeira semana após dois períodos de alta
Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam esta sexta-feira, 28, no campo positivo com o bom humor internacional após a divulgação de dados da inflação nos Estados Unidos e com investidores ainda repercutindo a fala da secretária do Tesouro, Janet Yellen, de que o governo precisa ampliar os gastos públicos. No cenário doméstico, a variação de preços também é assunto. O IGP-M, considerado a inflação do aluguel, subiu 4,1% em maio e bateu avanço de 37,04% nos últimos 12 meses, o maior registro desde a criação do Plano Real, em 1994. Por volta das 15h20, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, operava com alta de 0,89%, aos 125.473 pontos. O pregão caminha para bater o recorde de 125.076 pontos, registrado em 8 de janeiro. O índice fechou a véspera com alta de 0,30%, aos 124.366 pontos. O dólar registrava queda de 0,73%, aos R$ 5,217, depois de alcançar a máxima de R$ 5,264 e mínima de R$ 5,213. O câmbio fechou nesta quinta-feira, 27, com queda de 1,09%, cotado a R$ 5,255. Se manter este desempenho, a moeda norte-americana vai fechar em retração ante o real pela primeira semana depois de dois períodos seguidos de alta.
O Departamento do Comércio dos EUA afirmou que o PCE, um dos principais indicadores da inflação, subiu 3,1% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, acima da expectativa dos analistas. O dado se soma a queda do pedido de seguro-desemprego e a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre para avanço de 6,4%, divulgados nesta quinta-feira, indicando a recuperação da maior economia do globo após a crise do novo coronavírus. Uma possível reversão da política de estímulos por causa da alta inflacionária trouxe apreensão nos mercados nas últimas semanas, mesmo que o Banco Central dos EUA (Fed) tenha reafirmado que a alta é transitória. O discurso foi endossado pela secretária do Tesouro, que ainda defendeu o aumento de gastos públicos por parte do governo.
A alta inflacionária também é pauta no cenário doméstico. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 4,1% em maio, ante alta de 1,51% em abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira. O aumento faz o indicador usado como base para o reajuste do aluguel acumular alta de 37,04% em 12 meses, o maior valor desde a criação do Plano Real, em 1994. De janeiro a maio, o IGP-M soma avanço de 14,39%, o valor mais expressivo para o período desde 1995. Em maio de 2020, o índice havia subido 0,28%, e acumulava alta de 6,51% em 12 meses. Todos os três componentes do índice apresentaram variação maior na comparação com o mês anterior.
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