Bolsa tem queda de 1,85% e encerra pior semana desde outubro de 2008
Em meio à instabilidade causada pela pandemia de coronavírus, o mercado financeiro teve um dia misto. A bolsa de valores, que ontem (18) tinha subido, nesta sexta-feira (20) caiu 1,85%, encerrando a semana com perdas de 18,9%, a pior semana desde outubro de 2008. O dólar caiu durante toda a sessão, mas continuou acima dos R$ 5.
O índice Ibovespa, da B3, a Bolsa de Valores brasileira, fechou esta sexta-feira aos 67.069 pontos, com recuo de 1,85%. O índice oscilou bastante, chegando a operar em alta de 5,54% às 11h56, mas inverteu a tendência no meio da tarde, depois que o governo revisou para 0,02% o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
O dólar teve mais um dia de trégua. Depois de bater recorde nominal – sem a inflação – na quarta-feira (18), quando atingiu R$ 5,19, o dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,027, com recuo de R$ 0,077 (-1,5%). Por volta das 14h, na mínima do dia, a moeda chegou a cair para R$ 4,988.
A divisa acumula alta de 25,28% em 2020. Hoje, o Banco Central (BC) atuou menos no mercado. A autoridade monetária vendeu US$ 175 milhões das reservas internacionais em leilões à vista.
PIB
Hoje, o Ministério da Economia revisou para baixo a estimativa oficial de crescimento do PIB, de 2,1% para 0,02% em 2020. A nova projeção, que significa estagnação econômica, afeta os preços das ações das empresas por incorporar a desaceleração da economia às expectativas. Paralelamente, o Senado aprovou o decreto de estado de calamidade pública, que permitirá o descumprimento da meta fiscal de déficit primário de R$ 124,1 bilhões prevista para este ano e dará fôlego ao governo para ajudar na manutenção do emprego.
Hoje, o Federal Reserve, Banco Central norte-americano, anunciou a compra de US$ 40 bilhões em títulos lastreados em hipotecas. A medida tem como objetivo impedir o colapso do crédito imobiliário nos Estados Unidos. Ontem, o Fed tinha fechado um acordo com os principais Bancos Centrais do mundo para ampliar a oferta de dólares em até US$ 450 bilhões em todo o planeta. O Brasil ficará com US$ 60 bilhões em linhas de swap (troca de recursos). As ações aumentam a oferta de dólares no planeta, reduzindo a pressão sobre o câmbio.
* Com informações da Agência Brasil
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