Brasil assina acordo para eliminar dupla tributação com Suíça
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Sem um acordo dessa natureza, um governo muitas vezes não reconhece os tributos já pagos pelas empresas no outro país em operações como remessas de capital, juros, dividendos ou serviços – incluindo rendimentos de artistas e atletas.
O acordo assinado nesta quinta estabelece em que ponta cada operação será tributada, ou a forma de divisão das alíquotas em cada país. “Não olhamos pela ótica arrecadação, mas sim pela segurança e tranquilidade nos negócios. O acordo vai gerar mais estabilidade, o que resultará em mais investimentos”, afirmou Rachid.
Os países já contavam com um protocolo de troca automática de informações de natureza tributária desde o começo deste ano. “A cooperação da Suíça em relação a todas as ações desenvolvidas pelo governo brasileiro é muito importante”, completou.
Segundo Semadeni, a Suíça tem se alinhado nos últimos anos aos padrões internacionais de sigilo fiscal, possibilitando a troca de informações com outros países. A falta de um acordo sobre a dupla tributação, continuou ele, era uma reclamação das empresas suíças instaladas no Brasil, e vice-versa.
“Um acordo desse tipo incentiva a confiança entre os países e dá segurança jurídica paras companhias. O relacionamento entre o Brasil e a Suíça é diversificado e os negócios irão se fortalecer”, afirmou o embaixador.
Rachid destacou que o acordo tem um artigo para evitar o uso abusivo dessa convenção e a evasão fiscal. Ele também ressaltou que o acordo incorpora os padrões mínimos do Projeto sobre a Erosão da Base Tributária e Transferência de Lucros (Beps) da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
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