Brasil BioFuels: energia com propósito e compromisso socioambiental

Empresa transformou a matriz energética do Norte do Brasil em uma opção limpa e sustentável; hoje é uma das maiores geradoras de energia elétrica nos Sistemas Isolados da Região

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  • 24/10/2022 10h00 - Atualizado em 16/12/2022 12h49
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Divulgação/Brasil BioFuels Imagem captada por drone mostra plantio de palma em São João da Baliza, no Estado de Rondônia

A BBF – Brasil BioFuels nasceu em 2008 com o objetivo inicial de mudar a matriz energética da região Norte e descarbonizar a floresta amazônica. O trabalho inédito seria feito a partir de uma nova matriz, sustentável e limpa, que substituiria o óleo diesel fóssil por biodiesel feito a partir de óleo de palma e geraria assim uma energia limpa e mais barata para a população nortista, fruto de um processo 100% integrado. O movimento partiu inicialmente de acionistas individuais que compartilhavam um compromisso com a floresta amazônica, com as futuras gerações e com o planeta. Entre eles, Milton Steagall, fundador e CEO do Grupo BBF. “O propósito da BBF tem a ver com transformação. É devolver para a Amazônia a riqueza que ela nos oferece. E a primeira ação, nesse sentido, passa por acolher e dar oportunidade para as pessoas que estão lá desde sempre. Esse é o principal objetivo”, pontua o executivo. 

Histórico 

O propósito da BBF começou bem antes de sua data de fundação: por volta de 2003, quando a implantação do biocombustível entrava em pauta no Brasil. Steagall já estava envolvido com a questão e trouxe à tona a ideia de substituir o diesel fóssil pelo biodiesel no setor elétrico, em um projeto que envolvesse um programa para a inclusão da agricultura familiar dentro da região amazônica e o cultivo de palma de óleo em áreas degradadas da Amazônia, promovendo desenvolvimento socioeconômico, geração de renda e preservação ambiental. A contribuição do executivo foi apreciada pelo Ministério de Minas e Energia. Na sequência, foi criado um Grupo de Trabalho que reunia, naquela época, 11 ministérios, a fim de cuidar dos passos regulatórios que o governo deveria dar para que o processo começasse. 

“Foi um trabalho complexo, que envolveu bastante tempo de planejamento e estudos. Conversamos com os ministérios da Agricultura, da Casa Civil e da Indústria e Comércio, entre outros, para discutir as melhores maneiras de levar o projeto adiante. Desse grupo, surgiram ações fundamentais: trazer o Sistema Isolado Elétrico para dentro do arcabouço jurídico da Aneel, que é a agência reguladora do setor, e a regulamentação do cultivo sustentável da palma de óleo, por meio do Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo estabelecido pelo Governo Federal em 7 de maio de 2010 (decreto 7.172). Assim, tivemos segurança jurídica para avançar com o desenvolvimento do nosso negócio”, conta Steagall.

Os primeiros hectares de palma de óleo foram cultivados pela BBF na cidade de São João da Baliza, em Roraima, há 14 anos. Em seguida, outros passos importantes foram dados, como a aquisição da Amazonbio, de Rondônia, e o início da produção de biodiesel a partir do óleo de palma. Mais tarde, em 2015, a empresa venceu seu primeiro leilão de usinas termelétricas na região do Acre e Rondônia, assumindo 14 delas. A partir daí, o negócio só cresceu: atualmente, a BBF está consolidada como uma das maiores geradoras de energia elétrica nos Sistemas Isolados da Região Norte — são 25 usinas termelétricas em operação, com capacidade de geração de 86,8 MW, e que atendem mais de 140 mil clientes — e também como a maior produtora de óleo de palma da América Latina, com mais de 68 mil hectares plantados e produção de mais de 200 mil toneladas de óleo ao ano. Com o óleo de palma, a empresa desenvolve biocombustíveis utilizados para alimentar suas usinas termelétricas e atuar na geração energia elétrica renovável para as localidades que fazem parte dos chamados Sistemas Isolados. Assim, eles conseguem disponibilizar energia elétrica limpa e mais barata para os habitantes da região Norte do Brasil. 

Impacto social 

Para além dessa missão inicial, o escopo de atuação da empresa impacta em outros resultados, como a criação de empregos, geração de renda para a população local e promoção do desenvolvimento econômico e social da região amazônica. Hoje, a BBF gera mais de 6 mil empregos diretos e 18 mil indiretos, se destacando como uma das maiores empregadoras no Norte do país. Os moradores locais encontram postos de trabalho, por exemplo, no plantio, manejo e processamento do óleo de palma, pois o trato com a palma é todo manual, ao contrário de outras culturas, como milho e cana, que são mecanizadas.

“É gratificante ver a transformação que ajudamos a promover em milhares e milhares de pessoas. São histórias de renovação e construção. É isso que me norteia”, reflete Steagall. “Vemos que o projeto foi próspero à medida que o município se desenvolve e as pessoas começam a mudar de vida. Por meio do salário, hoje elas conseguem comprar seus bens e prosperar com dignidade. As novas gerações crescem com a ambição de trabalhar no local, porque enxergam essas possibilidades. O jovem consegue se formar e continuar próximo da família, pois pode trabalhar ali mesmo, no entorno do polo agroindustrial que criamos. Nosso modelo de negócio não vive sem pessoas. Está na raiz da nossa cultura”, completa. 

Modelo verticalizado 

Um dos principais destaques do trabalho da BBF está justamente em seu modelo de negócio verticalizado e integrado. A empresa planta a palma de óleo, colhe e processa o fruto para extrair o óleo. A partir dele, produz biodiesel. Com o biodiesel já fabricado, gera energia elétrica renovável para a região Norte, substituindo combustíveis fósseis e descarbonizando a floresta amazônica. “Dominar toda a cadeia produtiva é uma forma de garantir a eficácia das soluções propostas e a preservação ambiental da Amazônia, que é um dos pilares da empresa”, afirma Steagall. É um trabalho que comprova que desenvolvimento socioeconômico, geração de renda e preservação ambiental podem andar juntos, cumprindo as práticas de ESG — e desde muito tempo antes do tema estar em pauta no mundo corporativo. 

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