Brasil fica de fora do ‘top 10’ de mercados estratégicos para multinacionais

Mudança pode ter sido ocasionada por foco das empresas para mercados internos e a atratividade dos retornos nos Estados Unidos

  • Por da Redação
  • 15/01/2024 17h21
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Photo by Fabrice COFFRINI / AFP SWITZERLAND-DIPLOMACY-ECONOMY-SUMMIT-DAVOS A 54ª edição do Fórum Econômico Mundial está sendo realizado em Davos, na Suíça, com o tema "Reconstruindo a Confiança"

Pela primeira vez em dez anos o Brasil não está entre os dez principais mercados estratégicos para CEOs investirem, de acordo com levantamento feito pela PwC. O país ocupa a 14ª posição do ranking. Apesar do otimismo crescente em relação às economias locais e globais, o Brasil não conseguiu alcançar uma posição de destaque entre os mercados que são prioridades das multinacionais. Os Estados Unidos integram o topo da lista, seguidos pela China, Alemanha, Reino Unido e Índia. A 27ª Pesquisa Global com CEOs (Global CEO Survey), realizada pela PwC, foi apresentada nesta segunda-feira, 15, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

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Entre os motivos que influenciaram na posição do país no ranking estão a mudança de foco das empresas para os mercados internos e à atratividade dos retornos nos Estados Unidos. Além disso, as crises na região, especialmente na Argentina, e as dificuldades de fazer negócios no Brasil também influenciam. No Brasil, 36% dos executivos esperam aceleração nos próximos 12 meses, enquanto 39% preveem desaceleração. Os CEOs têm uma visão mais positiva em relação ao mercado brasileiro do que a média global, mas a perspectiva em relação às empresas que dirigem é negativa, com 39% no mundo e 33% no Brasil acreditando que estas serão economicamente inviáveis em dez anos.

A mudança tecnológica é considerada a de maior impacto, e os executivos esperam maior produtividade com os novos modelos de inteligência artificial. No entanto, apenas 1 em cada 3 empresas participantes adotaram esses modelos. A pressão das mudanças climáticas também traz efeitos, e 41% dos CEOs afirmam aceitar retorno menor por investimentos pró-ambiente. No Brasil, esse número é de 29%. Apesar da disposição global para priorizar os negócios verdes, o abismo digital e a defasagem educacional podem tornar o cenário desfavorável ao país.

 

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