Brasil gerou mais de 200 mil postos de trabalho formais em agosto, aponta Caged
Se considerados os últimos 12 meses, o total de empregos gerados chega a mais de 2,4 milhões
O Brasil alcançou um saldo positivo de 278.639 postos de trabalho formais, apenas no mês de agosto, segundo dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Segundo o levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência, de janeiro a agosto, o saldo chegou a 1.853.298 postos gerados no ano, decorrente de 15.653.839 admissões e 13.800.541 desligamentos no período. Se considerados os últimos 12 meses, o total de empregos gerados chega a mais de 2,4 milhões de postos formais. Os dados apontam para manutenção do ritmo de geração de empregos com carteira assinada no país. De acordo com o comunicado do governo, no intervalo de julho de 2020 a agosto de 2022, o país registrou um saldo de 5,8 milhões de postos de trabalho, o que gerou um estoque recorde de cerca de 42,5 milhões empregos formais registrados no Novo Caged. Na comparação entre os Estados, o destaque ficou com São Paulo, que gerou no mês 74.973 postos de trabalho. No comparativo entre as regiões, o Nordeste do país foi onde mais gerou-se empregos, com crescimento de 0,96% da força de trabalho.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, o setor de Serviços foi o que mais gerou novos empregos, com 141.113 vagas, seguido pela indústria, que gerou 52.760 postos formais. Também foram positivos os saldos do comércio (41.886), construção civil (35.156) e agropecuária (7.724). No acumulado do ano de 2022, a construção civil apresenta o maior crescimento dos postos de trabalho, com 10,89% a mais de vagas. Ao todo, o setor de Serviços obteve 1.027.288 vagas geradas neste ano e a indústria 319.379 novos postos gerados. Os dados completos do Novo Caged de agosto podem ser acessados no site do Ministério do Trabalho e Previdência.
À Jovem Pan News, a econimista Camila Abdelmalack, da Veedha Investimentos, afirmou que os resultados do Caged foram uma surpresa e que mostram que a desaceleração do mercado esta mais gradual do que o previsto. “O Caged surpreendeu positivamente com o saldo no mês de agosto superando o teto das expectativas. O fato é que temos sinais de que a desaceleração do mercado de trabalho segue bastante gradual. Embora tenha um ritmo bastante elevado de demissões, as admissões estão fazendo frente. O mercado de trabalho ainda está aquecido”, diz Abdelmalack. “O efeito disso no mercado foi de ratificar a abertura da curva de juros, porque temos aí, para os vértices mais curtos, a leitura de uma manutenção de uma atividade econômica aquecida e preocupações com pressões inflacionárias no curto prazo”, continuou a economista ao analisar os impactos no mercado.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.