Caged de abril está abaixo da média histórica para o mês, diz MCM Consultores

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/05/2018 16h09
Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas "Dá um sinal melhor depois do primeiro trimestre bastante fraco. Tira um pouco do pessimismo", avalia a consultoria

O presidente Michel Temer antecipou nesta sexta-feira (18) a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril e anunciou que o País abriu 115.898 postos de trabalho no mês passado. O número foi divulgado pelo presidente durante fórum na capital paulista. Ele citou o número ao contestar a ideia de que “o desemprego está aumentando” no Brasil. “Nós temos que confiar no que está acontecendo no Brasil”, declarou.

A geração de vagas em abril é a mais elevada desde o início da recuperação do mercado de trabalho no ano passado, conforme os números, sem ajustes, do Caged. Porém, conforme ressalta a MCM Consultores, o resultado apurado no mês passado está abaixo da média histórica de abril, que é de 122,4 mil.

Folga

A geração líquida de empregos em abril superou com folga as 56 151 vagas abertas em março deste ano e ainda mostrou um resultado bem acima do visto no quarto mês de 2017, de 59.856.

Antes da divulgação do dado oficial, que é contabilizado pelo Ministério do Trabalho, alguns profissionais no mercado já conheciam o resultado, mas os números do levantamento haviam sido coletados antes da informação circular.

A despeito da retomada ainda lenta do mercado de trabalho e da atividade em geral, o Caged de abril sinaliza um quadro menos desfavorável do emprego formal em relação a outros períodos, embora ainda bastante fragilizado.

Além dos reflexos moderados da recuperação moderada da atividade, o economista Luiz Castelli, da GO Associados, cita a sazonalidade. Isso porque, observa, abril normalmente é considerado o melhor mês na pesquisa do Caged.

Castelli estimava a geração de 145 mil postos de emprego formal no quarto mês do ano, sem ajuste sazonal. Ao fazer o ajuste, a projeção é de geração de 60 mil vagas com carteira assinada.

“Dá um sinal melhor depois do primeiro trimestre bastante fraco. Tira um pouco do pessimismo”, avalia, citando que em fevereiro e março, segundo suas contas, o saldo com ajuste sazonal do Caged ficou positivo em 10 mil e 21 mil vagas, respectivamente.

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