Caixa pretende vender até R$ 100 bi em securitização de crédito imobiliário
O novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou nesta segunda-feira (07), durante posse no Palácio do Planalto, que pretende vender de R$ 50 bilhões a R$ 100 bilhões em securitização, no mercado financeiro, para que a instituição continue a atuar no mercado imobiliário.
“É fundamental discutir mais a parte imobiliária. Hoje, temos problemas de funding. Venderemos de R$ 50 bilhões a R$ 100 bilhões no mercado financeiro, cinco a dez vezes mais do que foi feito em toda a história”, afirmou Guimarães.
Ele lembrou que a Caixa tem hoje 93 milhões de clientes e é o quinto maior banco do mundo em clientes. Ele citou ainda três determinações do presidente Jair Bolsonaro para sua administração: “Não podemos errar; mais Brasil, menos Brasília; e o legado a ser deixado”.
Guimarães afirmou ainda que a Caixa tem R$ 40 bilhões em dívidas em Instrumento Híbrido de Capital e Dívida (IHCD) e que ela será paga via a venda de participações em empresas controladas. “Pelos menos duas serão este ano”, pontuou. “Queremos também a participação dos funcionários. É fundamental”, acrescentou.
Guimarães anunciou ainda que, nas próximas 27 semanas, “estaremos sábado e domingo em Estados do País. Vamos começar por Roraima e Amazonas”.
Segundo ele, o objetivo é ouvir das pessoas o que elas pensam da Caixa. “Sábado vamos ouvir clientes. Domingo, vamos às comunidades carentes”, disse. “O microcrédito hoje está a 22% ao mês. Queremos devolver cidadania às pessoas”, disse. “A Caixa não vai fazer sozinha. Vamos fazer via Banco do Nordeste, via Banco do Brasil. Nosso foco são comunidades carentes, onde temos impacto relevante.”
Guimarães afirmou ainda que a Caixa vai avaliar a ampliação de operações com barcos onde a Caixa atende comunidades carentes.
Emocionado ao discursar, Guimarães afirmou que espera mudar a vida das pessoas. “Se conseguir, daqui a 20 anos, olhar que o que fiz mudou a vida de milhões de pessoas, serei uma pessoa muito feliz”, disse. Além disso, ele fez um agradecimento “ao Brasil”. “Quando meu pai faleceu, a Fundação Caps me ajudou a estudar”, contou. “Em algum momento, teria a chance de ajudar o Brasil”, acrescentou.
*Com Estadão Conteúdo
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