Com cenário internacional, dólar e Ibovespa operam sem direção definida

Moeda norte-americana chegou a ficar abaixo de R$ 5,20 antes de oscilar; Bolsa segura os 122 mil pontos

  • Por Jovem Pan
  • 10/05/2021 12h44 - Atualizado em 10/05/2021 17h23
Ricardo Moraes/Reuters Câmbio oscila na abertura da semana, mas mantém o patamar próximo de R$ 5 Câmbio oscila na abertura da semana, mas mantém o patamar próximo de R$ 5

O mercado financeiro brasileiro opera nesta segunda-feira, 10, sem direção definida, influenciado pela expectativa internacional com a política monetária dos Estados Unidos e a alta recorde do minério de ferro. No cenário local, o humor é pressionado pelas novas sessões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 e os seus desdobramentos políticos. Diante deste cenário, por volta das 12h40, o dólar operava com alta de 0,07%, a R$ 5,232 depois de bater máxima de R$ 5,253 e mínima de R$ 5,198. O câmbio fechou na sexta-feira, 7, a R$ 5,229, a sexta semana consecutiva de queda. O clima misto nas Bolsas internacionais fazia o Ibovespa, referência da B3, operar instável. O pregão registrava avanço de 0,23%, aos 122.295 pontos, após alternar entre altos e baixos. O índice fechou a semana passada acima dos 122 mil pontos pela primeira vez desde janeiro.

Em um dia de agenda de indicadores fraca, o mercado segue analisando os impactos que a criação de empregos nos EUA em abril terá na política monetária. O país encerrou o mês passado com 266 mil novos postos de trabalho, bastante abaixo da expectativa dos analistas, de aproximadamente 1 milhão. O dado indica que os EUA ainda devem manter a política de estímulos, injetando mais dólares nos mercados internacionais. Também na agenda externa, o minério de ferro bateu novo recorde neste domingo, 9, ao atingir a cotação de US$ 230 por tonelada. A disparada é reflexo da recuperação da economia chinesa e o crescimento da demanda de aço em meio ao agravamento das relações entre a China e a Austrália, o principal fornecedor da commodity aos asiáticos.

No cenário doméstico, o mercado segue acompanhando os reflexos da CPI da Covid-19 no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e na tramitação da agenda de reformas no Congresso.  Nos próximos dias devem, ser ouvidos o diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, o ex-ministro Ernesto Araújo e o ex-secretário de Comunicações Fábio Wajngarten. O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tem depoimento marcado para o dia 19. Na pauta de índices, o mercado financeiro revisou a alta do Produto Interno Bruto (PIB) para 3,21% e elevou a expectativa da inflação para 5,06%, segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta manhã. A projeção para o câmbio foi reduzida para R$ 5,35, enquanto as estimativas para a Selic ficaram congeladas em 5,5%.

 

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