Com fluxo positivo, real sobe aqui e no exterior, na contramão do dólar forte
Investidores em moedas minimizam o risco de um novo rebaixamento da nota de crédito do Brasil, após o fracasso do governo na aprovação da reforma da Previdência, assim como as incertezas no campo fiscal e em relação às eleições, que continuam pairando sobre a economia local.
“Tem venda pesada no R$ 3,25 da parte dos exportadores. Pesa também o fluxo de ingresso pela via financeira destinado à Bolsa”, afirmou o diretor da Correparti Ricardo Gomes da Silva.
Lá fora, a alta da moeda americana predomina, refletindo apostas de investidores de que a ata de política monetária do Federal Reserve, que será divulgada às 16h, poderá trazer um tom mais duro, ou “hawkish”, diante da aceleração da inflação nos Estados Unidos. A queda das commodities, como petróleo e cobre, ajuda ainda a apoiar a divisa americana
Às 9h32 desta quarta-feira, o dólar à vista recuava 0,24%, aos R$ 3,2509, enquanto o dólar futuro para março caía 0,12%, aos R$ 3,2550.
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) informou que o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,0% no ano de 2017, após dois anos seguidos de retração.
“Este resultado é devido, pela ótica da oferta, ao excelente desempenho da agropecuária, a recuperação do setor industrial e um setor de serviços que, surpreendentemente, já contribuiu de maneira positiva para o PIB de 2017. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias e a exportação foram os principais componentes que contribuíram para o PIB positivo”, apontou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
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