Com inflação sob controle, comércio eletrônico arrecadou R$ 4,19 bi no 3º trimestre de 2017

  • Por Jovem Pan
  • 10/01/2018 17h45 - Atualizado em 10/01/2018 19h38
Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens Comércio eletrônico registrou alta de 6,9% em 2017 ante o ano anterior

O faturamento do Comércio Eletrônico de São Paulo atingiu R$ 4,19 bilhões no terceiro trimestre de 2017, alta de 19,2% na comparação com o mesmo período de 2016 (R$ 3,5 bilhões). O que representa a maior cifra para o período desde 2013. Os números são da pesquisa Fecomercio-SP, realizada em parceria com a Ebit.

Em entrevista à Jovem Pan, a assessora econômica da Fecomercio-SP, Júlia Ximenes, explicou que o avanço expressivo foi motivado principalmente pelo controle da inflação e menor restrição orçamentária. “Há vários fatores para explicar esse resultado. É fundamental pensarmos que temos uma base de comparação bastante fraca em relação a 2016, quando enfrentamos um período de crise. Mas o cenário foi favorável nos três trimestres de 2017, em função da inflação sob controle com menor restrição orçamentária para aquisição de bens duráveis por parte do consumidor”, revelou.

A economista pontuou ainda que houve alta de 7,5% no período de janeiro a setembro do ano passado. Já o acumulado do ano registrou crescimento de 6,9%.

A aposta das grandes lojas no segmento, em função da maior oferta de produtos, também contribuiu para o aumento dos ganhos. “O comércio eletrônico é muito vantajoso ao consumidor e também ao comerciante. Há uma redução de custos forte para quem está ofertando e também para quem está comprando. Sem dúvidas, temos uma oferta maior de produtos e pedidos, possibilitando um avanço no faturamento real da venda”, destacou Júlia Ximenes.

Questionada sobre o comportamento do consumidor brasileiro, a economista enfatizou que há maior conscientização contra potenciais ataques online, mas a participação neste mercado ainda é relativamente baixa. “Há um espaço grande para crescermos. No estado de São Paulo temos uma participação de 2,7% apenas do varejo online, enquanto na capital os números alcançam 3,5%, o que representa uma economia um pouco mais amadurecida em termos de comércio eletrônico”, finalizou.

*Com informações do repórter Vitor Brown

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