Com revés na PGR e produção industrial, Bovespa supera os 73 mil pontos

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/09/2017 11h10
Hugo Arce/Fotos Públicas Às 10h28, o Ibovespa subia 1,16% e marcava 72.968,16 pontos

O Ibovespa marcou mais de 73 mil pontos nesta terça-feira, 5, logo após o leilão de abertura das blue chips. A última vez em que o Ibovespa superou esse patamar foi no dia 9 de novembro de 2010, quando registrou 73.044 pontos durante o pregão.

A euforia no mercado de ações contradiz o ajuste para baixo nos índices acionários de Nova York (futuros e no segmento à vista) e justifica-se no noticiário doméstico. Em primeiro lugar, está a interpretação de que a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de revisar o acordo de delação premiada da J&F enfraquece politicamente o Ministério Público e tende a sepultar uma eventual segunda denúncia contra Michel Temer.

Em segundo lugar, está a surpresa com o resultado da produção industrial em julho. O dado veio melhor, inclusive, que a projeção dos economistas mais otimistas quanto à atividade econômica.

Nos mercados de câmbio e juros, também prevalece a leitura de que a decisão de Janot, anunciada na segunda-feira (4), após o fechamento dos mercados financeiros, favorece os ativos domésticos por fortalecer a possibilidade de aprovação da PEC da Previdência.

Às 10h28, o Ibovespa subia 1,16% e marcava 72.968,16 pontos. Na máxima, foi aos 73.180 pontos (+1,46%). A JBS ON cai 9,09%, a R$ 7,80, e é o único recuo do Ibovespa, que avança 1,17%, aos 72 969 pontos.

O papel é pressionado pela ameaça de cancelamento do acordo de delação premiada dos executivos do grupo. Segundo Janot, os áudios apontam indícios de conduta em tese criminosa ao advogado Marcelo Miller, ex-procurador que integrou a equipe de Janot até o início do ano.

Pouco antes do fechamento deste texto, os futuros de petróleo ampliaram os ganhos em meio a relatos de que a Arábia Saudita e a Rússia consideram estender o atual acordo de corte na produção – fechado entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros dez produtores que não pertencem ao grupo – além de março de 2018.

Às 10h25 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para outubro subia 2,79% na Nymex, a US$ 48,61, enquanto o do Brent para novembro avançava 1,80% na ICE, a US$ 53,28.

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