Comissão do Senado aprova indicação de Galípolo à presidência do Banco Central por unanimidade

Nome de Lula para a sucessão de Roberto Campos Neto será submetido agora a uma votação no plenário da Casa Alta do Congresso

  • Por Felipe Cerqueira
  • 08/10/2024 14h37 - Atualizado em 08/10/2024 14h53
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WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Galípolo sorri durante sabatina DF - BC/SUCESSÃO/GALÍPOLO/SENADO/SABATINA - POLÍTICA - O diretor de Política Monetária do Banco Central e indicado à presidência da instituição a partir de 2025, Gabriel Galípolo, durante sua sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, no Congresso Nacional, em Brasília, nesta terça-feira, 08 de outubro de 2024. Galípolo reconheceu que há anos as projeções de crescimento do Brasil vêm sendo revistas "sistematicamente ao longo do ano para cima, surpreendendo positivamente em relação a crescimento". 08/10/2024

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (8) a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC). O economista, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu 26 votos favoráveis e nenhum contrário, após quatro horas de sabatina. O próximo passo será a votação no plenário do Senado, onde Galípolo precisará de pelo menos 41 votos entre os 81 senadores para ser confirmado no cargo. Caso aprovado, ele assumirá a posição de Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro deste ano.

Durante a sabatina, Galípolo afirmou que recebeu garantias do presidente Lula de que terá “liberdade na tomada de decisões”, enfatizando que seu compromisso será com o bem-estar da população brasileira. Ele negou ter sofrido qualquer tipo de pressão política por parte do governo — “seria muito leviano da minha parte dizer que o presidente Lula fez qualquer tipo de pressão” — e destacou que a relação tanto com Lula quanto com Campos Neto é positiva. “Sempre fui bem tratado pelos dois”, disse. Durante a sabatina, a gestão do atual presidente do BC foi bastante elogiada por parlamentares da oposição.

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Os desafios de Galípolo à frente da autoridade monetária incluem o controle da inflação e a condução da política de juros. A taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano, tem sido motivo de críticas do governo, que defende sua redução para estimular o crescimento econômico. O indicado do governo petista ressaltou que o Banco Central precisa ser prudente ao lidar com a inflação e garantiu que a instituição seguirá trabalhando com uma agenda voltada para a criação de uma economia mais equânime e sustentável.

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