Confiança do consumidor cresce 9 pontos em junho, aponta FGV

  • Por Jovem Pan
  • 24/06/2020 09h28
Arquivo/Agência Brasil Embora a recuperação da confiança dos consumidores tenha sido registrada nos últimos dois meses, as altas só recuperaram 44% das perdas sofridas pelo comércio

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve alta de 9 pontos de maio para junho deste ano. O aumento foi a segunda alta consecutiva do indicador, levando o ICC chegou a 71,1 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.

Em junho, houve melhora da confiança dos consumidores em relação tanto ao presente quanto ao futuro. O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no presente, subiu 5,6 pontos, chegando a 70,6 pontos e interrompendo uma sequência de três meses seguidos de queda.

O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, cresceu 11,1 pontos para 72,8 pontos. A falta foi a segunda consecutiva, período em que acumulou uma melhora de 17,8 pontos e recuperou 47% das perdas de março e abril.

“As expectativas em relação à economia parecem influenciadas por uma esperança de que a flexibilização das medidas de isolamento social leve a uma melhora das condições do mercado de trabalho, aliviando, assim, as finanças familiares. Ainda é cedo, contudo, para se vislumbrar uma melhora consistente do consumo das famílias, como ilustra o indicador de ímpeto de compras de bens duráveis, que continua oscilando próximo aos níveis mínimos históricos”, afirma a pesquisadora da FGV Viviane Seda Bittencourt.

Houve aumento na confiança em todas as faixas de renda familiar, sobretudo para as famílias mais pobres, que recebem até R$ 2,1 mil mensais, sob influência de melhores expectativas para as finanças familiares e de melhores condições do mercado de trabalho.

No entanto, segundo a FGV, embora a recuperação da confiança dos consumidores tenha sido registrada nos últimos dois meses, as altas só recuperaram 44% das perdas sofridas no bimestre março-abril, devido à pandemia da Covid-19.

A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.810 domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1º e 19 de junho.

*Com informações da Agência Brasil e do Estadão Conteúdo

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