Confiança da indústria fica estável em julho, a 100,1 pontos, afirma FGV

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/07/2018 08h57 - Atualizado em 27/07/2018 08h58
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Divulgação Reprodução/Eletrolar De 19 segmentos industriais pesquisados, 11 apresentaram aumento da confiança, enquanto outros oito registraram queda. O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 3,9 pontos, para 99,0 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) caiu iguais 3,9 pontos, para 101,1 pontos. 

A confiança da indústria ficou estável em julho, a 100,1 pontos, após ter sofrido queda de 1,0 ponto no mês anterior, aponta o Índice de Confiança da Indústria, da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta sexta-feira, 27. O patamar é o menor desde janeiro deste ano, quando havia marcado 99,4 pontos. Já na média móvel do trimestre encerrado em julho, foi verificado um recuo de 0,3 ponto, para 100,4 pontos.

A coordenadora da sondagem, Tabi Thuler Santos, explica que a confiança do setor vem oscilando em 2018 “em torno do nível neutro de 100 pontos”. “A sondagem de julho adiciona a essa apatia a piora nas expectativas de contratação e o aumento da ociosidade, sinalizando continuidade do quadro de recuperação lenta e gradual da economia brasileira”, comenta em nota.

Ainda assim, a dissipação dos efeitos da greve dos caminhoneiros sobre os estoques foi um fator que contribuiu para sustentar o indicador, diz a pesquisadora. “A melhora das avaliações sobre a situação atual decorre principalmente da normalização dos estoques após o acúmulo em virtude da interrupção dos serviços de transporte de carga ao final de maio”, complementa.

De 19 segmentos industriais pesquisados, 11 apresentaram aumento da confiança, enquanto outros oito registraram queda. O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 3,9 pontos, para 99,0 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) caiu iguais 3,9 pontos, para 101,1 pontos.

A maior influência de alta no ISA foi justamente a normalização dos níveis de estoques. A parcela de empresas com estoques além do necessário caiu de 12,8% para 7,6%, próximo ao verificado em maio (7,9%). Ao mesmo tempo, o porcentual de empresas com estoques abaixo do desejado ficou praticamente estável, passando de 4,5% para 4,3%.

Pelo lado das expectativas, a piora foi puxada principalmente pelo componente de contratações. O indicador de evolução do pessoal ocupado nos três meses seguintes caiu expressivos 11,7 pontos, para 95,6 pontos, no menor nível desde janeiro (93,5 pontos). Caiu a parcela de empresas que prevê aumento do quadro de funcionários, de 22,7% para 17,4%, ao mesmo tempo em que aquelas que esperam reduzir o quadro saltou de 12,1% para 15,0%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu pelo segundo mês consecutivo. Foi apurado recuo de 0,5 ponto porcentual, para 75,7%. Este é o menor nível desde fevereiro, relata a FGV.

A edição de julho de 2018 da pesquisa coletou informações de 1 059 empresas entre os dias 2 e 25 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria ocorrerá em 28 de agosto e a prévia será anunciada dia 21 de agosto.

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