Confiança da indústria sobe 1,4 ponto em agosto ante julho, aponta FGV

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/08/2017 08h54
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An employee of Ajinomoto Co works on a Hon-Dashi, or bonito base seasoning packaging line at the company's Kawasaki factory in Kawasaki, south of Tokyo, Japan, June 29, 2015. Japanese industrial output fell in May at the fastest pace in three months, adding to fears the economy may have contracted in the current quarter and putting the onus on consumers to drive a near-term rebound as exports remain in the doldrums. REUTERS/Yuya Shino Reuters A proporção de empresas que acredita no crescimento da produção aumentou mais que a fatia que vê queda da produção à frente

O Índice de Confiança da Indústria subiu 1,4 ponto em agosto na comparação com julho, atingindo 92,2 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (29). Com o resultado, o indicador, segundo a instituição, praticamente retorna ao nível de maio (92,3 pontos), pré-crise política. Em junho, primeiro mês impactado pelo aumento da incerteza após a delação da JBS implicar o presidente Michel Temer, a confiança recuara 2,8 pontos.

A alta da confiança alcançou 11 dos 19 segmentos industriais e decorreu da melhora das avaliações sobre a situação atual e também das expectativas sobre o futuro dos negócios. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,6 ponto, para 90,0 pontos, atingindo o maior valor desde maio de 2014, e o Índice de Expectativas (IE) aumentou 1,0 ponto, para 94,4 pontos. Somadas, as altas registradas pelo IE em julho (1,3 ponto) e agosto ainda não foram suficientes para recuperar a perda registrada em junho, de 3,6 pontos.

“A boa notícia da Sondagem de agosto de 2017 é que as avaliações das empresas sobre a situação atual começam a melhorar de forma consistente e atingem o melhor resultado desde o início da crise, em 2014. As expectativas também se recuperam do susto com o aprofundamento da crise política em maio, mas calibradas para baixo”, afirma Tabi Thuler Santos, coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV/IBRE.

A percepção mais otimista em relação ao nível de estoques foi a principal contribuição para a elevação do ISA em agosto. A parcela de empresas que avalia os estoques como excessivos caiu de 12,1%, em julho, para 10,8% do total – a menor desde fevereiro de 2014 (9,1%). Houve também aumento da parcela de empresas que consideram o nível de estoques insuficiente, de 3,3% para 3,6% do total entre julho e agosto. A FGV, contudo, pondera que as empresas seguem com estoques industriais indesejados após quatro meses consecutivas de piora.

O melhor desempenho do IE foi motivado pelas expectativas mais elevadas em relação à produção nos três meses seguintes. O indicador de produção prevista avançou 2,9 pontos, para 96,3 pontos, movimento insuficiente para compensar a queda de 5,6 pontos no bimestre junho-julho.

A proporção de empresas que acredita no crescimento da produção aumentou mais que a fatia que vê queda da produção à frente. Enquanto a parcela que espera produção maior cresceu de 29,1% para 34,2%, a proporção que estima produção menor subiu de 17,7% para 20,2%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) recuou 0,6 ponto porcentual, para 74,31%, nível inferior à média do ano (74,5%).

A edição de agosto de 2017 coletou informações de 1.182 empresas entre os dias 1º e 24 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria ocorrerá em 29 de setembro de 2017 e a prévia deste resultado será divulgada no dia 22 de setembro.

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