Confira os produtos importados que mais subiram em 12 meses
Combustíveis puxam a lista em meio à volatilidade do mercado por causa da guerra na Ucrânia; cesta de itens ainda conta com eletrodomésticos, carros e alimentos
O encarecimento de produtos importados faz parte da pressão que levou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — o indicador oficial da inflação brasileira —, ao patamar de 11,3% em 12 meses encerrados em março. Com o grau de globalização atual, são poucos os produtos que não entram na lista dos que podem ser adquiridos de lá de fora. Entre os itens da cesta que mais impactam o cotidiano, destaque para o avanço de 27,9% dos combustíveis. O principal vetor de alta é a volatilidade no preço do barril do petróleo em meio às incertezas geradas pela guerra na Ucrânia, que chegou a levar a cotação para próximo de US$ 140, o maior valor desde 2008. O movimento, porém, já era observado desde o ano passado com a retomada das economias no pós-pandemia. A alta dos combustíveis explica parte do encarecimento dos alimentos e bebidas, já que a maior parte da produção é transportada em rodovias. Os artigos de residência também são destaques pelo encarecimento de 20,4% de aparelhos eletrônicos, pressionados pelos aumentos dos custos de produção devido à falta de componentes no exterior. A escassez é resultado da paralisação dos parques fabris, principalmente na China, por causa das medidas de restrições impostas para frear a disseminação da Covid-19.
Confira abaixo os produtos que mais tiveram impactos na cesta de itens importados
Variação de preços acumulada em 12 meses, até março, em %
Combustíveis | 27,9 |
Eletrodomésticos | 20,4 |
Automóvel novo | 18,2 |
Farinha de trigo | 18,0 |
Motocicleta | 17,0 |
Sardinha em conserva | 15,9 |
Video game | 15,9 |
Aparelhos eletrônicos | 14,3 |
Macarrão | 13,4 |
Azeite de oliva | 11,3 |
Salmão | 8,1 |
Aparelhos de informática | 8,0 |
Bacalhau | 7,8 |
Telefone | 5,3 |
Vinho | 2,5 |
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