Cumprir meta fiscal também depende do Congresso, diz Haddad

Declaração do ministro da Fazenda ocorre um dia após discurso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com cobranças e recados ao Executivo

  • Por Caroline Hardt
  • 06/02/2024 12h57 - Atualizado em 06/02/2024 13h00
FáTIMA MEIRA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Fernando Haddad O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante evento para anunciar a prorrogação do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto), em Brasília, nesta terça-feira

Um dia após a retomada dos trabalhos no Legislativo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que tanto o desempenho econômico quanto os resultados das contas públicas dependem das decisões do Congresso Nacional. Em sua participação no CEO Conference, evento do BTG Pactual, após avaliar que as crises do Brasil nos últimos dez anos tiveram origem mais política do que econômica, o ministro frisou que a política precisa ajudar. “O resultado primário depende de vários fatores, como por exemplo apreciação das medidas que o governo manda ao Congresso. Então, o resultado primário depende do Congresso Nacional. A meta pode estar fixada em lei, mas o nosso papel é ir apresentando ao Congresso, com uma certa gradualidade”, reforçou o ministro, que exaltou: “Meu otimismo com o Brasil depende do meu otimismo em relação à política”.

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“Nem tudo depende do ministro da Fazenda. Depende do ministro da Fazenda apresentar um plano de trabalho, estressar o plano de trabalho e buscar resultados. Mas quem define o patamar das emendas? É o Congresso”, declarou. A fala de Haddad ocorre um dia após a abertura do ano Legislativo, que teve cerimônia solene no Congresso Nacional, com a leitura de uma mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Parlamento. Como o site da Jovem Pan mostrou, em seu discurso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que não permitirá a omissão da Casa, e enfatizou que o Orçamento pertence a todos, não apenas ao Executivo, ao mencionar a disputa pelo controle da peça orçamentária. O discurso ocorre após o presidente Lula vetar R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão aprovadas pelo Congresso no ano passado.

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