Desemprego sobe para 12% e atinge 12,7 milhões de brasileiros

  • Por Jovem Pan
  • 27/02/2019 09h26 - Atualizado em 27/02/2019 11h39
Tony Winston/Agência Brasília Imagem da Carteira de Trabalho IBGE divulgou resultado da Pnad Contínua com queda na taxa de desemprego em novembro

A taxa de desemprego voltou a subir e fechou janeiro em 12%. O índice vinha de duas quedas consecutivas. Em outubro, o número do trimestre encerrado em outubro ficou em 11,7%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

Segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (27), são 12,7 milhões de trabalhadores desocupados – um acréscimo de 318 mil pessoas. Já a subutilização da força de trabalho ficou em 24,3% no período, somando 27,5 milhões de pessoas nesse grupo.

“Com a entrada do mês de janeiro, houve um aumento da taxa de desocupação. É algo sazonal, é comum a taxa aumentar nessa época do ano por causa da diminuição da ocupação”, explica o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

Apesar da sazonalidade, Cimar destaca que este trimestre fechado em janeiro foi menos favorável que os mesmos períodos de 2018 e 2017. “Ano passado houve estabilidade na população ocupada e na desocupada, enquanto, neste ano, cresceu o número de desocupados”, complementa.

Autônomos

Já a categoria dos trabalhadores por conta própria cresceu 1,2% na comparação com o trimestre anterior (23,9 milhões de pessoas), o que significa um aumento de 291 mil pessoas neste contingente. Por outro lado, caíram os empregados do setor privado sem carteira assinada (-321 mil pessoas, de um total de 11,3 milhões) e os trabalhadores do setor público caíram 1,8% (11,5 milhões). Enquanto isso, os empregados do setor privado com carteira assinada permaneceram estáveis (32,9 milhões), assim como os trabalhadores domésticos (6,2 milhões).

“Tivemos queda no contingente de empregados do setor privado e no setor público. No primeiro, isso atingiu, principalmente, os trabalhadores sem carteira assinada. Apesar disso, a informalidade aumenta ainda mais, com influência do crescimento dos trabalhadores por conta própria”, diz Cimar.

Setores

Quanto às atividades, houve redução em Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (queda de 2,2%, ou 192 mil pessoas), Indústria (2,9%, ou menos 345 mil) e outros serviços (2,8%, ou menos 139 mil). Por outro lado, houve aumento no grupo Transporte, armazenagem e correio (2,8%, ou mais 129 mil pessoas).

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