Dinheiro relacionado a lavagem de dinheiro é repatriado ao Brasil

O Brasil recuperou cerca de R$ 745 mil que estavam bloqueados no Merchants Bank, em Nova York, nos Estados Unidos. O dinheiro repatriado está relacionado a crime contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro e estava em nome de b…

  • Por Agência Brasil
  • 27/02/2018 15h12 - Atualizado em 01/03/2018 08h51
Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. As investigações começaram em 2003, com a apuração sobre atividades de ex-correntistas da extinta agência do Banestado, em Nova York

O Brasil recuperou cerca de R$ 745 mil que estavam bloqueados no Merchants Bank, em Nova York, nos Estados Unidos. O dinheiro repatriado está relacionado a crime contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro e estava em nome de brasileiros, donos de uma empresa de viagens e turismo.

A repatriação foi realizada pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça, após cooperação jurídica internacional.

As investigações começaram em 2003, com a apuração sobre atividades de ex-correntistas da extinta agência do Banestado, em Nova York. As autoridades brasileiras verificaram a existência de investigações preliminares autônomas, realizadas por agentes e autoridades norte-americanas, em torno de vários dos alvos das apurações brasileiras.

Segundo as investigações, os réus brasileiros, donos da conta, atuavam como doleiros e utilizavam de empresa para evadir e manter no exterior valores que deveriam ter sido declarados no Brasil, bem como para lavagem de dinheiro.

As autoridades brasileiras e norte-americanas definiram em acordo pela divisão igualitária do valor bloqueado , tendo em vista que houve cooperação mútua entre os dois países para a obtenção do bloqueio dos ativos relativos à conta bancária em questão. Em janeiro deste ano, o valor de cerca de US$ 240 mil foi efetivamente transferido para a jurisdição brasileira e depositado em conta bancária judicial, no montante de aproximadamente R$ 745 mil, valor que será destinado à conta única do Tesouro Nacional.

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