Dólar acelera alta com exterior após alta de salário médio/hora nos EUA
O dólar acelerou a alta frente o real nesta sexta-feira, 6, em linha com o fortalecimento da moeda americana no exterior, após o anúncio de aumento do salário médio por hora de 0,45% em setembro nos Estados Unidos, acima da previsão (+0,3%). O indicador sustenta expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) poderá elevar os juros em dezembro.
O payroll (dado de emprego norte-americano) em si foi ruim, com a primeira queda na criação de empregos nos EUA desde 2010, de 33 mil vagas em setembro, contrariando apostas de analistas de criação de 80 mil empregos.
Desde a abertura, a moeda já vinha exibindo ganhos, em linha com o exterior e precificando também o avanço dos juros futuros em razão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O indicador de inflação de setembro subiu 0,16% ante um avanço de 0,19% em agosto, e ficou no teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma alta entre 0,03% e 0,16%, com mediana positiva de 0,09%.
Lá fora, já predominava um viés positivo do dólar mais cedo, após o Comitê de Orçamento do Senado dos EUA ter aprovado na noite de quinta um plano fiscal, que abriria o caminho para uma reforma do código tributário do país.
“O dólar acompanha a alta no exterior, que se sustenta desde ontem à tarde depois da Câmara dos representantes dos EUA ter aprovado o orçamento americano de 2018, que endurece as regras para déficit e prevê cortes nos programas sociais, o qual segue para a aprovação do Senado na semana que vem”, disse o diretor da Correparti, Jefferson Rugik.
Às 9h48, o dólar à vista estava na máxima, aos R$ 3,1745 (+0,79%), enquanto o dólar futuro de novembro ganhava 0,60%, aos R$ 3,1840. Na renda fixa, o DI para janeiro de 2019 exibia 7,40%, de 7,35% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2020 estava em 8,35%, de 8,29%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 marcava 9,07%, de 9,01% no ajuste de quinta.
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