Dólar atinge menor valor em dois meses; Bovespa supera 80 mil pontos
O dólar segue em forte tendência de queda repetindo, pelo segundo dia consecutivo, indicativos de baixa na sua cotação. A moeda norte-americana fechou nesta quarta-feira (25) em queda de 1,09%, valendo R$ 3,7022 para venda, o que significa o menor valor desde 25 de maio passado.
A queda se deu em função do aumento das expectativas em relação ao encontro entre presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Pouco antes do início da reunião, Trump afirmou que deseja ter um pacto comercial justo com a União Europeia. “Espero que possamos resolver algo”, disse o presidente americano ao lado de Juncker. O líder europeu, por sua vez, comentou que “necessitamos focar a redução de tarifas, e não o aumento” e que os dois lados são aliados, e não inimigos Às 16h20, o dólar à vista caía 0,94%, aos R$ 3,7088.
Já a Bolsa de Valores de São Paulo também seguiu em uma sequência de fechamento positivos, com alta hoje de 1,34%, com 80.218 pontos. O pregão acima dos 80 mil pontos, que não era superado desde 23 de maio, teve influência da valorização dos papéis de bancos, como o Santander, com fechamento em alta de 5,29%, e Bradesco, com alta de 2,37%.
Juros fecham em queda
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou com taxa de 6,625%, de 6,693% na terça-feira no ajuste, e a do DI para janeiro de 2020 fechou na mínima de 7,93%, de 8,05%. A taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou também na mínima, de 8,94%, de 9,05% na terça no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 caiu de 10,33% para 10,24%. A taxa do DI para janeiro de 2025 terminou em 10,83%, de 10,91%.
Segundo profissionais da área de renda fixa, em meio ao quadro tranquilo para a inflação, o recuo do dólar – que hoje chegou nas mínimas à casa dos R$ 3,69 – ajuda a reduzir as apostas de alta para a Selic nos próximos meses. O estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, afirmou que a aposta de aumento da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana está “praticamente zerada” e caiu bastante para o encontro seguinte, dias 18 e 19 de setembro. “Se Alckmin se eleger, o câmbio deve se apreciar ainda mais e isso permitiria Selic estável por mais tempo”, disse.
Na política, após comemorar o apoio do Centrão (DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade) a Alckmin – a aliança será oficializada nesta quinta-feira -, o mercado agora torce para que o empresário Josué Gomes aceite compor a chapa do tucano. Nos bastidores, o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que tucanos e integrantes do Centrão garantem que ele recusou o convite, mas o mercado, ainda assim, mantém as esperanças em função de um artigo publicado nesta quarta pela Folha de S.Paulo, no qual o empresário declara apoio a Alckmin.
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