Dólar cai a R$ 5,15 com alívio da tensão internacional; Bolsa vai aos 115 mil pontos
No cenário local, investidores acompanham tratativas no Senado para a votação de projetos que visam barrar o aumento dos combustíveis
Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo positivo nesta quarta-feira, 16, com o alívio internacional após o arrefecimento das tensões na fronteira da Ucrânia com a Rússia. No noticiário local, os investidores observam as negociações para a votação de medidas que podem barrar a alta dos combustíveis no Senado. Por volta das 11h40, o dólar registrava queda de 0,3%, cotado a R$ 5,163. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,177, enquanto a mínima não passou de R$ 5,152. A divisa norte-americana encerrou a véspera com queda de 0,72%, a R$ 5,181 a menor cotação desde setembro e a primeira vez abaixo de R$ 5,20 neste ano. Seguindo o bom humor dos mercados internacionais, o Ibovespa, referência para a Bolsa de Valores brasileira, operava com alta de 0,5%, aos 115.466 pontos. O pregão desta terça-feira, 15, encerrou com avanço de 0,82%, aos 114.828 pontos.
Mercados em todo o mundo seguem acompanhando as movimentações na fronteira da Ucrânia e a diminuição dos sinais de invasão russa. Nesta terça-feira, o presidente Vladimir Putin afirmou que está disposto a negociar com os Estados Unidos e com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e que não quer resolver o embate sobre a entrada dos ucranianos na aliança militar através de um conflito armado. Antes, o Kremlin havia informado que parte dos soldados estacionados próximo ao país vizinho iriam retornar para as bases. As declarações foram vistas com ceticismo pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que afirmou que o risco de uma movimentação militar dos russos na região ainda é bastante possível. A Otan também afirmou nesta quarta-feira que a Rússia não moveu as tropas da fronteira e convocou uma reunião de seus membros. Ainda no cenário internacional, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, divulga nesta tarde a ata do seu último encontro. A expectativa dos investidores é por pistas sobre possíveis aumentos dos juros.
Na pauta doméstica, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou na véspera que os dois projetos com objetivo de estabilizar o preço dos combustíveis devem ser votados nesta tarde. As propostas são de relatoria de Jean Paul Prates (PT-RN). Uma das medidas, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados no ano passado, visa fixar um valor fixo para o ICMS — imposto de origem estadual — sobre os combustíveis. A outra proposta tem como foco a criação de um fundo de estabilização para conter os impactos da variação internacional do petróleo no mercado doméstico.
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