Dólar cai para R$ 5,19 com alívio doméstico e otimismo internacional; Ibovespa sobe

Investidores repercurtem desmembramento da equipe econômica em meio à reforma ministerial anunciada por Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2021 18h30
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Dado Ruvic/Reuters Cédulas de dólar enroladas em frente um fundo vermelho Inflação ao consumidor vai ao maior nível desde dezembro de 1990

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam no campo positivo nesta quarta-feira, 21, com a repercussão da reforma ministerial anunciada por Jair Bolsonaro (sem partido) e o bom humor nas Bolsas internacionais. Em mais um dia de forte oscilação, o dólar encerrou com queda de 0,76%, cotado a R$ 5,192. A divisa norte-americana chegou a bater a máxima de R$ 5,277, enquanto a mínima não passou de R$ 5,182. O câmbio encerrou a véspera com queda de 0,37%, a R$ 5,231. Seguindo o otimismo nos mercados globais, que deixam um pouco de lado o temor pela disseminação da Covid-19, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, fechou com avanço de 0,42%, aos 125.929 pontos. O pregão desta terça-feira, 20, encerrou com alta de 0,81%, aos 125.401 pontos. 

governo federal prepara o desmembramento de parte do Ministério da Economia para a recriação da pasta do Trabalho e Previdência. Segundo informações confirmadas à Jovem Pan por membros da equipe econômica, o movimento será feito como um aceno ao Centrão para acomodar o atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni (DEM), que deixará a pasta para a entrada de Luiz Eduardo Ramos, responsável pela Casa Civil. O general, por sua vez, será substituído pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI). As negociações fazem parte da reforma ministerial anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã desta quarta-feira e que deve ser oficializada na próxima segunda-feira, 26. Mudanças na pasta foram confirmadas pelo ministro Paulo Guedes nesta manhã. “Vamos fazer uma mudança organizacional aqui também, essas novidades vão justamente na direção do emprego e da renda.”

Os investidores também analisaram positivamente a divulgação de recorde na arrecadação da Receita Federal no primeiro semestre. Segundo dados do Fisco, os seis primeiros meses do ano encerraram com recolhimento de R$ 881,9 bilhões, aumento real de 24,49% em comparação com o mesmo período do ano passado. Este é o maior valor para a primeira metade do ano desde o início da série histórica, em 1995. O resultado foi impulsionado pela arrecadação de R$ 137,1 bilhões em junho, montante já reajustado pela inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a arrecadação do Fisco aumentou 46,77%, o segundo melhor desempenho da série. O resultado interrompe a sequência de arrecadações históricas mensais iniciada em fevereiro, a despeito da piora da pandemia do novo coronavírus e a retomada de medidas para isolamento social no final do primeiro trimestre.

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