Dólar começa semana em alta de 0,33%, cotado a R$ 3,73

  • Por Agência Brasil
  • 30/07/2018 18h38
Marcello Casal Jr./Agência Brasil Saldo comércio no primeiro semestre bate recorde ao registar alta de 68,2% O Banco Central segue ofertando swaps tradicionais, sem anunciar nenhum leilão extraordinário no mês de julho

O dólar voltou a subir e fechou o pregão desta segunda-feira (30) em alta de 0,33%, cotado a R$ 3,73 para venda depois de inverter uma tendência de queda de 4% nas últimas semanas.

O mercado financeiro aguarda com atenção a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa nesta terça-feira (31) e termina na quarta (1º), e com expectativa de manutenção da atual taxa de 6,5% da Selic.

O Banco Central segue ofertando swaps tradicionais, sem anunciar nenhum leilão extraordinário no mês de julho.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) terminou o pregão em alta de 0,51%, com 80.275 pontos.

O dia no mercado financeiro

Os negócios foram influenciados na parte da tarde pela disputa dos agentes para a formação da última Ptax de julho, que será definida na sessão desta terça-feira, 31, e vai ser a referência para os contratos cambiais futuros que vencem em 1º de agosto. O dia, porém, foi de expectativa pela agenda carregada de evento dos próximos dias, que terá reuniões de política monetária de três dos principais bancos centrais do mundo, além de indicadores importantes, como os dados mensais do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

“Os grandes eventos desta semana estão a caminho”, ressalta o estrategista do banco de investimento Brown Brothers Harriman (BBH), Marc Chandler. Ele destaca que um dos mais esperados e com chances de influenciar os mercados é a reunião do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês). O encontro termina na noite de hoje e pode mudar a meta de retorno dos bônus japoneses, fator que tem provocado preocupações nos investidores, pois pode afetar os mercados de câmbio e juros na Europa, EUA e outros países.

No mercado doméstico, além da expectativa por novas coligações nas eleições e pela definição dos vices de Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL), um dos principais eventos é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa nesta terça-feira e termina no dia seguinte. O economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, acredita que o comunicado da reunião vai mostrar um BC “paciente”, sem fornecer pistas específicas para a reunião seguinte. A estabilização do câmbio nas últimas semanas, após a disparada em abril e maio, aliada à fraca atividade econômica e às expectativas de inflações ancoradas devem contribuir para o BC manter os juros.

Além da agenda forte de eventos pela frente, o mercado de câmbio terá nesta terça-feira, 31, a definição da Ptax final de julho. “Os comprados estão pressionando as cotações e por enquanto estão levando a melhor”, disse o diretor de uma tesouraria de bancos. Uma das evidências é que o real hoje se descolou do comportamento de outras moedas de emergentes. A divisa brasileira e a lira turca foram as únicas moedas, entre os principais países deste grupo, que perderam valor ante o dólar. A moeda americana caiu ante divisas como o peso argentino, o peso mexicano e o rand da África do Sul.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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