Dólar começa semana em alta de 0,33%, cotado a R$ 3,73
O dólar voltou a subir e fechou o pregão desta segunda-feira (30) em alta de 0,33%, cotado a R$ 3,73 para venda depois de inverter uma tendência de queda de 4% nas últimas semanas.
O mercado financeiro aguarda com atenção a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa nesta terça-feira (31) e termina na quarta (1º), e com expectativa de manutenção da atual taxa de 6,5% da Selic.
O Banco Central segue ofertando swaps tradicionais, sem anunciar nenhum leilão extraordinário no mês de julho.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) terminou o pregão em alta de 0,51%, com 80.275 pontos.
O dia no mercado financeiro
“Os grandes eventos desta semana estão a caminho”, ressalta o estrategista do banco de investimento Brown Brothers Harriman (BBH), Marc Chandler. Ele destaca que um dos mais esperados e com chances de influenciar os mercados é a reunião do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês). O encontro termina na noite de hoje e pode mudar a meta de retorno dos bônus japoneses, fator que tem provocado preocupações nos investidores, pois pode afetar os mercados de câmbio e juros na Europa, EUA e outros países.
No mercado doméstico, além da expectativa por novas coligações nas eleições e pela definição dos vices de Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL), um dos principais eventos é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa nesta terça-feira e termina no dia seguinte. O economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, acredita que o comunicado da reunião vai mostrar um BC “paciente”, sem fornecer pistas específicas para a reunião seguinte. A estabilização do câmbio nas últimas semanas, após a disparada em abril e maio, aliada à fraca atividade econômica e às expectativas de inflações ancoradas devem contribuir para o BC manter os juros.
Além da agenda forte de eventos pela frente, o mercado de câmbio terá nesta terça-feira, 31, a definição da Ptax final de julho. “Os comprados estão pressionando as cotações e por enquanto estão levando a melhor”, disse o diretor de uma tesouraria de bancos. Uma das evidências é que o real hoje se descolou do comportamento de outras moedas de emergentes. A divisa brasileira e a lira turca foram as únicas moedas, entre os principais países deste grupo, que perderam valor ante o dólar. A moeda americana caiu ante divisas como o peso argentino, o peso mexicano e o rand da África do Sul.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.