Dólar tem dia volátil, mas fecha em queda e termina em R$ 4,05
O dólar teve um dia volátil, mas acabou terminando perto da estabilidade, em R$ 4,0596 (-0,12%). Pela manhã, a moeda americana chegou a cair para R$ 4,04, na mínima do dia. Operadores reportaram saídas de recursos, mas em ritmo menor que em dias anteriores. A alta do dólar no exterior, em novo dia de preocupações com o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, também impediu queda maior.
Apenas neste mês, até o dia 13, US$ 13,1 bilhões deixaram o Brasil pelo canal financeiro, segundo dados do Banco Central. Na semana passada, saíram US$ 10,4 bilhões. Nesta quarta-feira (18), o dólar casado (a diferença entre as taxas do mercado à vista e futuro) voltou a ficar positivo, em 0,40 ponto no final do dia, um indício de que as saídas diminuíram.
Segundo um executivo da Tesouraria de um banco, o grosso das remessas e envios ao exterior de empresas e fundos pode já ter deixado o país, mas algum fluxo de saída deve ocorrer até sexta-feira (20), quando praticamente se encerra o ano para o mercado financeiro.
O dólar já acumula queda de 4,3% no mês. “O ambiente está favorável para o Brasil”, disse o diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer. Ele observa que investidores estrangeiros estão começando a voltar para o Brasil, em meio às perspectivas de aceleração do crescimento. No último dia 16, os ingressos somaram R$ 891,8 milhões, segundo dados da B3.
Na tarde, as mesas de câmbio monitoraram as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele descartou a volta de um imposto nos moldes da CPMF.
Nas mesas de câmbio, operadores comentaram nesta quarta que fundos de investimento nacionais elevaram as posições vendidas em dólar futuro em US$ 1,1 bilhão somente nesta quarta, de acordo com dados da B3.
Essas apostas ganham com a queda da moeda americana. Somente em dezembro, as posições vendidas em dólar dos fundos teve forte aumento, passando de 7,8 mil contratos no fechamento de novembro para 53,2 mil nesta terça (18) – uma elevação de US$ 2,2 bilhões. Já os investidores estrangeiros reduziram em US$ 8 bilhões suas estratégias compradas em dólar futuro (ou seja, que apostam na alta da moeda americana).
*Com informações do Estadão Conteúdo
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