Dólar fecha em leve alta em dia de cautela com tensão no Oriente Médio
A moeda americana à vista fechou em alta de 0,18%, a R$ 4,0629
O dólar acabou fechando a segunda-feira (6) em alta, após operar a maior parte dos negócios perto da estabilidade. A moeda brasileira foi na contramão de outros emergentes e operadores ressaltam que um fluxo pontual de compra pressionou o câmbio no final desta tarde. Como o dia foi marcado por volume fraco de negócios, o movimento acabou por fazer a divisa acelerar a valorização, batendo nas máximas do dia.
O dólar à vista fechou em alta de 0,18%, a R$ 4,0629. No mercado futuro, a moeda americana subiu 0,11%, no contrato para fevereiro, a R$ 4,0680.
O clima de cautela persistiu durante toda a sessão desta segunda no câmbio, com as mesas de operação aguardando desdobramentos dos eventos no Oriente Médio. O dia, porém, não teve maiores novidades e a própria ausência de notícias sobre uma eventual retaliação do Irã foi vista como positiva pelos investidores.
O chefe global da mesa de moedas do banco Société Générale, Kit Juckes, destaca que os investidores passaram o dia colados em seus terminais monitorando os riscos geopolíticos, na expectativa por notícias do Oriente Médio.
Se não houver escalada da tensão ou fatos novos, ele não acredita que o “estado de alerta” vai ser mantido por muitos dias. “Os mercados querem ver quais os próximos eventos.”
Até o momento, as divisas como o iene, o franco suíço e o dólar foram as ganhadoras no ambiente de busca por portos seguros, observa Juckes. Já bolsas e moedas de emergentes sofreram, mas nesta segunda a divulgação dos índices dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) com números bons nos Estados Unidos e Europa acabou ajudando a melhorar o humor dos investidores. Mais cedo, os PMIs ajudaram a fortalecer as moedas europeias, contribuindo para manter o índice DXY (que mede o dólar ante uma cesta de divisas fortes) em queda.
No mercado doméstico, investidores também esperam eventos dos próximos dias. Para o câmbio, traders falam que o leilão na quarta (8) da concessão rodoviária mais longa já feita no país, o lote Piracicaba-Panorama (chamado PiPa), em São Paulo, pode atrair recursos externos, dando alívio para o real. A PiPa tem 1.273 quilômetros e previsão de investimentos da ordem de R$ 14 bilhões.
Nos indicadores, um dos números mais aguardados é o relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos, com números de dezembro. O Deutsche Bank espera criação de 135 mil postos de trabalho e os economistas do banco alemão ressaltam que o documento pode dar pistas sobre se o Federal Reserve tende ou não a cortar juros este ano.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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