Dólar tem maior queda semanal com expectativa de vídeo da reunião ministerial

  • Por Jovem Pan
  • 22/05/2020 19h44
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Willian Moreira/Estadão Conteúdo Mão segura duas cédulas de US$ 1 Nesta sexta, o dólar à vista fechou praticamente estável (-0,04%), a R$ 5,5797

O dólar fechou a semana acumulando queda de 4,44%, maior recuo desde 30 de setembro de 2018, quando caiu 4,81%. O pregão desta sexta-feira (22) foi todo marcado pela expectativa da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a divulgação do vídeo da reunião de Jair Bolsonaro e seus ministros em 22 de abril, que deixou o mercado cauteloso e oscilando perto da estabilidade nesta tarde.

Às 17 horas, o Supremo autorizou a divulgação, mas a reação imediata no câmbio foi modesta, com as mesas ainda avaliando o conteúdo. Nos pregões anteriores, a menor tensão política e o exterior favorável ajudaram a retirar pressão. Com isso, o real teve o melhor desempenho semanal ante moedas emergentes.

As mesas de operação já começaram a sexta-feira na expectativa pela decisão sobre o vídeo e o volume de negócios ficou abaixo da média pela manhã. Declarações do diretor do diretor de Política Econômica do Banco Central, Fábio Kanczuk, de que a instituição está “muito bem preparada” para corrigir distorções no mercado de câmbio, principalmente pelo nível das reservas internacionais, ajudaram a retirar pressão no câmbio, ecoando o que o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, havia dito na noite de quarta-feira.

Nesta sexta, o dólar à vista fechou praticamente estável (-0,04%), a R$ 5,5797. O dólar para junho caia 0,34%, a R$ 5,5370 às 17h35.

Os estrategistas em Nova York do Citi avaliam que o vídeo da reunião ministerial citada pelo ex-ministro Sergio Moro potencialmente cria elementos para um processo de impeachment de Bolsonaro, por isso a expectativa. Além disso, acreditam que o clima mais ameno entre Bolsonaro, o Congresso e os governadores “pode não durar muito”.

No exterior, o clima também foi de cautela, após a China apresentar a controversa Lei de Segurança Nacional para Hong Kong, na abertura do Congresso Nacional do Povo. Washington se posicionou contra e o dólar se fortaleceu.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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