Dólar opera em baixa nesta sexta; Manifestações e Previdência geram apreensão

Agência Brasil No Brasil, a votação da MP 870, que reestrutura ministérios do governo federal, também gera impasses no mercado

Após oscilar nos primeiros negócios e ter fechado em alta nesta quinta (23), o dólar opera em baixa no mercado interno e em linha com o sinal externo nesta sexta (24). No cenário internacional, a sinalização dos EUA de incluir a chinesa Huawei em um acordo comercial entre americanos e asiáticos faz com que o investidor aumente o apetite por ativos.

No Brasil, a votação da MP 870, que reestrutura ministérios do governo federal, gera impasses no mercado. A medida provisória deve ser avaliada pelo Senado na próxima semana, mas mudanças no texto deverão ser feitas na Câmara, o que pode fazer o projeto caducar.

A queda do dólar ante o real é limitada ainda por ruídos políticos e alguma cautela antes das manifestações de ruas pró-Bolsonaro no domingo (26). Na equipe econômica, o temor de que a reforma da Previdência do Planalto seja diminuída pelos parlamentares também gera preocupação. Em entrevista à revista Veja, o chefe da pasta, Paulo Guedes, afirmou que pode renunciar em caso de desidratação da proposta.

Investidores estão avaliando ainda a mudança nas regras de depósitos compulsórios de determinadas instituições, anunciada na noite de quinta pelo Banco Central.

Analistas financeiros avaliam que, na prática, a medida reduz o recolhimento compulsório em R$ 8,2 bilhões, o que significa a injeção desse dinheiro na economia estagnada, sinalizando a possibilidade de redução da taxa Selic neste ano. Do ponto de vista cambial, um corte da taxa deve diminuir o diferencial de juros interno e externo, tirando atratividade do País para o investidor estrangeiro.

Estadão Conteúdo