Dólar recua após Banco Central injetar mais US$ 5 bilhões em dois novos leilões

Autoridade monetária previa uma terceira operação de US$ 2 bilhões, cancelada devido a falhas técnicas; intervenções do BC para conter alta da moeda americana em dezembro já somam US$ 25,77 bilhões

  • Por da Redação
  • 20/12/2024 12h44 - Atualizado em 20/12/2024 13h19
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J.SOUZA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Registro de notas de 100 dólares feito em São Paulo, na manhã desta quarta- feira SP - MERCADO/DÓLAR/ATAQUE ESPECULATIVO/ALERTA - ECONOMIA - Registro de notas de 100 dólares feito em São Paulo, na manhã desta quarta- feira, 18 de dezembro de 2024. Depois de renovar seu maior valor de fechamento da história na terça-feira, 17, o dólar hoje voltou a subir. A moeda americana abriu a sessão com leve alta de 0,02%, a R$ 6,097, mas logo acelerou o ritmo. Às 16h09, o dólar à vista dava um salto de 2,58% frente o real, a R$ 6,2532, o maior valor da história. 18/12/2024

O Banco Central promoveu nesta sexta-feira (20) leilões extraordinários no mercado de câmbio, injetando US$ 5 bilhões. Essa é a continuidade de uma série de intervenções que somaram, desde o dia 12, US$ 25,77 bilhões — maior volume registrado em um único mês. Na primeira operação, foram ofertados US$ 3 bilhões em leilão à vista, resultando na aceitação de oito propostas. Na segunda intervenção, o BC realizou um leilão de linha, com o compromisso de recompra futura, movimentando mais US$ 2 bilhões. Um terceiro leilão planejado foi cancelado devido a falhas técnicas.

Após os leilões, o dólar operou em queda. Às 9h53, registrava desvalorização de 1,18%, cotado a R$ 6,051. A moeda americana, que na quinta-feira (19) havia atingido R$ 6,1216, acumula alta de 26,15% no ano. As intervenções têm como objetivo conter a desvalorização do real em meio à saída de capitais do país. De acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, as reservas internacionais de US$ 352,224 bilhões são suficientes para enfrentar as disfuncionalidades do mercado cambial.

Na quinta-feira, o Banco Central realizou sua maior ação em um único dia desde 1999, injetando US$ 8 bilhões no mercado, o que levou à queda de 2,28% no dólar. O futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou que não há indícios de ataque especulativo, contrariando declarações de setores do governo que atribuem a alta do dólar a ações do mercado financeiro.

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A alta da moeda americana também reflete incertezas em relação ao pacote fiscal do governo federal, que busca zerar o déficit público até 2025. Apesar da aprovação de algumas medidas pelo Congresso, analistas avaliam que a contenção de despesas não será suficiente para controlar o endividamento público. No cenário internacional, dados de inflação dos Estados Unidos também impactaram os mercados. O índice de preços PCE, indicador de inflação usado pelo Federal Reserve, apresentou alta de 0,1% em novembro, mantendo a cautela dos investidores.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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