Dólar recua com mercado à espera do Fed e cenário doméstico; Bolsa sobe
Governo federal abre agenda de concessões de aeroportos, terminais portuários e ferrovia com previsão de R$ 10 bilhões em investimentos da iniciativa privada
O mercado financeiro brasileiro opera no campo positivo nesta quarta-feira, 7, com investidores à espera da ata da última reunião do Banco Central dos Estados Unidos (Fed, em inglês) e analisando a concessão de aeroportos pelo governo federal. Pelo lado negativo, o mercado enxerga com apreensão o recorde de mortes pelo novo coronavírus no país e o aumento do risco fiscal com as indefinições do Orçamento de 2021. Por volta das 11h30, o dólar caia 0,65% a R$ 5,563 após bater máxima de R$ 5,606 e mínima de R$ 5,562. A moeda norte-americana fechou a véspera com queda de 0,62%, cotada a R$ R$ 5,679. Seguindo o bom humor internacional, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, operava com alta de 0,37%, aos 117.930 pontos. O pregão da véspera encerrou com queda de 0,02%, aos 117.498 pontos.
Investidores de todo o mundo aguardam pela manifestação da autoridade monetária dos EUA sobre o futuro da política de juros e os impactos na inflação. A expectativa é que o Fed reafirme o compromisso de manter as taxas de juros baixas para estimular a economia. Ainda na pauta internacional, o mercado acompanha as tratativas entre democratas e republicanos para aprovar o pacote de mais de US$ 2,2 trilhões em obras de infraestrutura para dar tração na retomada econômica local.
No cenário doméstico, o governo federal inicia esta semana os trâmites para a concessão de 22 aeroportos, uma ferrovia e cinco terminais portuários, com previsão de investimento na casa de R$ 10 bilhões. Chamada pelo governo de Infra Week, os leilões abrem nesta quarta-feira com as concessões de aeroportos à iniciativa privada por 30 anos. A União também encaminhou ao Congresso nesta manhã o projeto de lei para a retomada do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e do Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEm), medidas lançadas no ano passado para atender empresas que tiveram o orçamento impacto pela pandemia e para a preservação do emprego. No campo negativo, o país superou pela primeira vez a marca das 4 mil mortes diárias causadas pela Covid-19, registrando 4.195 novos óbitos nas últimas 24 horas. Com isso, o total de vítimas fatais da doença foi para 336.947.
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