À espera de aumento de juros nos EUA, dólar registra forte alta e volta a se aproximar dos R$ 5
Moeda norte-americana encostou em R$ 4,60 no início do mês; possível alta dos juros nos Estados Unidos e uma desaceleração econômica na China impulsiona desvalorização do real
Após atingir seu valor mínimo no início do mês, ao ser comercializado por R$ 4,60, o dólar estagnou suas perdas e voltou, nos últimos dias, a acumular uma forte alta. Nesta terça-feira, 26, a moeda norte-americana subiu 1,77% até pouco antes das 14h e chegou a ser cotada a R$ 4,99. No acumulado do mês de abril, o dólar atingiu uma valorização de 2,44% e uma queda de 12,54 no ano. Às 14h50, a transação da moeda comercial estava cotada em R$ 4,96, e o turismo, em R$ 5,08.
O que explica a alta?
Alguns fatores explicam a interrupção na queda da cotação do dólar e a nova desvalorização. É esperado que o Banco Central dos Estados Unidos aumente os juros e, com isso, o país norte-americano torne-se mais atrativo para a alocação de recursos. Isso porque investimentos em renda fixa em países desenvolvidos são mais confiáveis em comparação com mercados emergentes. Com isso, investidores que optaram por aplicar seus recursos em países como o Brasil, tendem a realocar seus recursos e o real se desvaloriza frente ao dólar.
Outro fator que impulsiona a queda do real frente à moeda norte-americana é a provável desaceleração econômica da China. A cidade mais populosa do país, Xangai, está sob um regime de lockdown após uma alta nos casos de Covid-19. Há a possibilidade da capital, Pequim, também enfrentar um período de restrição na circulação dos munícipes para combater a proliferação do vírus respiratório. A ação tende a influenciar os acordos do gigante asiático, a segunda maior economia do mundo e o principal parceiro econômico brasileiro.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.