Dólar sobe com cenário externo e receio de interferência na Petrobras; Ibovespa cai

Moeda norte-americana ultrapassa R$ 5,40 após declaração de Bolsonaro sobre combustíveis; Ibovepa retorna aos 119 mil pontos

  • Por Jovem Pan
  • 04/02/2021 13h56
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Cris Faga/Estadão Conteúdo Mão segura cédulas de um dólar Dólar opera sem direção definida com mercados em todo o mundo aguardando a definição da política monetária nos EUA

O dólar opera em alta nesta quinta-feira, 4, com a valorização da moeda nos mercados internacionais e apreensão dos investidores de interferência do governo na Petrobras. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que fará uma reunião nesta sexta-feira, 5, para tratar sobre os combustíveis. Próximo das 13h50, o dólar avançava 0,92%, a R$ 5,419. A divisa chegou a bater a máxima de R$ 5,430, enquanto a mínima não passou de R$ 5,356. Na véspera, o dólar encerrou com alta de 0,28%, a R$ 5,370. O cenário também fez o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, inverter o sinal. Após recuperar os 120 mil pontos durante a manhã, o viés virou para baixo e registra queda de 0,17% aos 119.519 pontos. O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira, 3, com alta de 1,26%, somando 119.724 pontos.

Em evento na cidade de Cascavel, no interior do Paraná, Bolsonaro agradeceu aos caminhoneiros por não terem embarcado no movimento paradista anunciado para segunda-feira passada, 1º, e disse que convocou uma reunião para discutir os combustíveis. A fala do chefe do Executivo soou um alarme no mercado para a possível ingerência da Petrobras. Para o mercado, a independência da estatal é fundamental para o ambiente de negócios. Ainda na pauta doméstica, investidores analisam o cronograma para aprovação da reforma tributária entre agosto e outubro, de acordo com as declarações dos presidentes da Câmara e do Senado. O deputado Artur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) também disseram que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) será instaurada nesta terça-feira, 9. A formação do colegiado é necessário para a aprovação do Orçamento de 2021. Pacheco ainda disse que conversou nesta manhã com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para encaminhar as discussões sobre o auxílio emergencial. A volta do benefício, que é rechaçada pela equipe econômica, foi defendida pelos dois parlamentares durante a disputa pelo comando da Câmara e do Senado

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