Dólar sobe com exterior em meio à espera de corte de rating do Brasil
Internamente, o mercado está em modo de espera em meio a informações ainda incipientes sobre o pacote de medidas que o governo pretende enviar ao Congresso visando compensar o enterro da reforma da Previdência admitido na segunda-feira, 19, pelo Planalto, diz o operador Durval Correa, da corretora Multimoney. Para ele, o mercado aguarda agora um novo rebaixamento das notas de crédito do país por agências de rating.
Segundo Correa, com o enterro da reforma da Previdência, o governo promete medidas para tentar mostrar alguma economia do lado fiscal, mas o mercado aguarda agora um novo rebaixamento das notas de crédito do País. “As informações sobre medidas são incipientes, não se sabe qual economia de fato poderá ser feita com esse plano B. Além disso, dependerá de aprovação do Congresso”, diz ele. Por isso, “se o Congresso não votar, não vai adiantar nada”.
Para o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto, o engavetamento da reforma da Previdência aumenta a possibilidade de rebaixamento de rating do País. Para ele, no entanto, a alta do dólar ante o real é conduzida principalmente pelo movimento internacional do dólar. Lá fora, ele diz que o principal indutor da alta do dólar e dos juros dos Treasuries são as incertezas sobre os grandes leilões de títulos do Tesouro americano ao longo dessa semana, incluindo hoje, além da espera pela ata do Fed, que será divulgada amanhã.
Às 9h30 desta terça, o dólar à vista subia 0,45%, aos R$ 3,2389. O dólar futuro de março avançava 0,32% no mesmo horário, aos R$ 3,2525.
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