Dólar sobe com exterior em meio a giro fraco e de olho na agenda política
O dólar subia no início da manhã desta terça-feira (4), sob influência do exterior, após oscilar perto da estabilidade em meio a poucos negócios. “O baixo volume de negócios por causa do feriado nos Estados Unidos deixa o dólar sensível a movimentos pontuais no dia, dependendo de fluxo cambial e da alta externa”, disse o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado.
No exterior, com o recuo do petróleo, após acumular ganhos ao redor de 10% nas últimas oito sessões, a moeda americana opera com viés positivo diante do euro e da libra e em relação a algumas divisas emergentes, enquanto o iene e o ouro se fortalecem em razão de temores com conflitos geopolíticos.
Os dados positivos da produção industrial brasileira em maio foram monitorados, mas com influência reduzida sobre os negócios, uma vez que os agentes de câmbio estão à espera dos desdobramento da agenda política. Estão no radar a votação do requerimento de urgência para a análise da proposta da reforma trabalhista no plenário do Senado (14 horas) e o anúncio pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), de quem será o relator da denúncia contra o presidente Michel Temer feita pela Procuradoria-Geral da República pelo crime de corrupção passiva (14h30).
A produção industrial subiu 0,8% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, ficando acima da mediana positiva do mercado, de 0,65%. Em relação a maio de 2016, a produção subiu 4%, sem ajuste, também acima da mediana positiva de 3,4%. No ano, a indústria teve alta de 0,5%. No acumulado em 12 meses, a produção da indústria acumulou recuo de 2,4%.
Às 9h53, o dólar à vista subia 0,13%, aos R$ 3,3095. O dólar futuro para agosto avançava 0,23%, aos R$ 3,3285.
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