Dólar termina semana de aprovação da Previdência com queda acumulada de 2,69%

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2019 19h21
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Arquivo/Agência Brasil Face da nota de um dólar Dólar terminou na menor cotação em mais de dois meses e encerrou o pregão em R$ 4,0079, uma queda de 0,91%

Pelo segundo dia consecutivo, o dólar tentou, mas não conseguiu se sustentar abaixo dos R$ 4. A divisa tocou os R$ 3,99 no início da tarde desta sexta-feira (25), na esteira de notícias de avanço na negociação entre Estados Unidos e China, mas rapidamente voltou ao nível anterior. Mesmo assim, terminou na menor cotação em mais de dois meses, desde 16 de agosto, e encerrou o pregão em R$ 4,0079, uma queda de 0,91%.

Marcada pela perspectiva de entrada de recursos no País por causa da reforma da Previdência e por conta do leilão do excedente da cessão onerosa, a semana fez com que a divisa devolvesse quase R$ 0,12 desde a abertura de segunda-feira. A queda acumulada nos últimos cinco dias foi de 2,69%. No mês, o dólar já caiu 3,54% frente o real.

Lá fora, o dólar tinha comportamento misto ante emergentes: subia ante Turquia, Chile e Argentina e caía frente México, Rússia e África do Sul, por exemplo. Se por um lado ajudam as notícias de algum avanço no acordo comercial negociado entre Estados Unidos e China, por outro, o noticiário europeu limita um apetite maior ao risco.

“O risco de um Brexit duro diminuiu, mas o apetite foi limitado pela insistência do primeiro-ministro Boris Johnson em convocar eleições antes do final do ano. O mercado não é fã de incerteza política e, embora o resultado possa ser a eliminação do Brexit da equação, a libra perdeu mais de um por cento em relação ao dólar nesta semana”, apontou relatório da corretora Oanda Corporation.

Ibovespa

As ações da Petrobras, Vale e bancos conduziram o Índice Bovespa de volta ao terreno positivo nesta sexta, após breve realização de lucros na véspera. O índice encerrou o dia com ganho de 0,35%, aos 107.363,77 pontos, próximo da marca recorde registrada na quarta-feira. A alta foi sustentada pela combinação entre o otimismo com os resultados corporativos do terceiro trimestre, o cenário externo favorável e a expectativa de novo corte de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima semana.

Operando em alta desde a abertura, o principal índice de ações da B3 chegou a renovar máxima histórica intraday pela manhã, atingindo 108.083,26 pontos (+1,03%). Pesaram positivamente as blue chips de Vale e Petrobras, que divulgaram resultados trimestrais que confirmaram a expectativa positiva do mercado. Petrobras ON e PN subiram 2,92% e 3,28%, enquanto Vale ON ganhou 3,87%.

Mas os ganhos foram limitados por papéis também importantes na carteira do índice, como Ambev ON, que tombou 8,29%, liderando o ranking de perdas do Ibovespa. A gigante de bebidas apresentou resultado considerado mais fraco que o previsto pelo Goldman Sachs, que apontou decepção nos números da operação brasileira.

Com o resultado desta sexta, o Ibovespa encerrou a semana com valorização acumulada de 2,50% na semana, que foi a terceira consecutiva de avanço. Nesse período de 15 pregões, a alta é de 4,69%. Segundo Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria, o resultado do Ibovespa no acumulado da semana reflete uma série de fatores, que contaram não apenas com a conclusão da reforma da Previdência e a divulgação de dois dos balanços financeiros mais importantes do mercado.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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